Mutirões fazem a fila andar na Saúde de Curitiba

Uma das áreas com maior demanda e complexas na administração pública é a Saúde e mesmo em Curitiba, referência no passado, o atendimento à população piorou nos últimos anos. O prefeito Rafael Greca “herdou” um grave quadro nessa pasta quando assumiu a Prefeitura no início deste ano, mas com uma proposta objetiva, o Saúde Já que prevê ações para diminuir o tempo de espera por exames e consultas, a cidade começa a colher bons resultados que melhoram o diagnóstico.

Os mutirões do Saúde Já começaram em março com as seguintes especialidades: Cardiologia, Dermatologia (pequenas cirurgias de pele), além de exames complementares. Um mês antes, a proposta já havia sido colocada em prática com uma mobilização, em parceria com o Hospital Evangélico para reduzir a fila para o procedimento de vasectomia .

Na área de dermatologia e pequenas cirurgias de pele a fila caiu 84,1%. Na data de início dos atendimentos, mais de 4.200 pessoas esperavam vaga. Três meses depois, esse número foi reduzido a 678 pacientes em espera. A fila para vasectomia teve redução de 97% – praticamente zerou.

Os dados foram repassados na manhã desta quinta-feira (21/09), em uma conversa rápida da reportagem com a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak. A secretária que visitava a Unidade de Saúde Trindade II, no bairro Cajuru destacou o início de um novo mutirão: o de cirurgia de varizes. “São 3300 pacientes na fila e esperamos até o fim do ano zerar a fila”, afirmou a secretária que destacou a revitalização do Laboratório Municipal pela atual gestão. “O prefeito Rafael Greca tem muita preocupação na Saúde, tanto que investiu R$12 milhões para fazer esses mutirões e esses exames. Para se ter uma ideia, com o Laboratório parado, sem insumos, havia pacientes desde setembro (do ano passado) aguardando um exame de sangue.  Agora já foram feitos 150 mil atendimentos de uma demanda que estava reprimida”, ressaltou Huçulak.

O mutirão de exames complementares, que vai atender 72 mil pessoas, conseguiu praticamente ‘zerar a fila’ em determinados procedimentos. Em radiologia ou diagnóstico por raio x havia 17.224 pessoas, agora são 153.

Já o mutirão de cirurgia de varizes é direcionado aos pacientes que já estão inscritos na fila. Eles estão sendo convocados por suas unidades de saúde de referência, com o dia, horário e local que devem comparecer, primeiro para a consulta. Logo após a consulta, a cirurgia é agendada.

Os convocados começam a ser atendidos no Hospital do Idoso, com consultas médicas durante a semana e com as cirurgias aos sábados. O hospital Santa Casa, o Hospital Madalena Sofia e o Hospital São Vicente também passam a integrar a ação.

Faltas

A secretária fez um alerta sobre a ausência de pacientes nos dias marcados para as consultas e cirurgias. “Temos observado uma falta muito grande de pacientes nos mutirões, em torno de 35% a 40% e isso acaba prejudicando, pois é feita toda a organização para o atendimento e no dia, aparece metade. Fica o alerta para que as pessoas compareçam ou avisem com antecedência que não poderão comparecer para que outros pacientes da fila sejam atendidas”, alertou a secretária.

“Modelo de gestão para cuidar das pessoas”

Em uma visão geral sobre o perfil da população curitibana e de como anda a saúde dos moradores da cidade, a secretária Márcia Huçulak destacou a necessidade de rever o conceito de atendimento, pois as pessoas estão vivendo mais. “Hoje temos mais pessoas vivendo com 80 anos, o que claro,  é muito bom, mas também temos um número menor de nascimento. Atualmente são 23 mil nascidos em Curitiba e uma população de 25.500 idosos com mais de 80 anos. Temos que estar preparados para o envelhecimento da população. Temos muitos meios para um sistema reativo da saúde, mas temos que pensar também no sistema proativo, com ações que previnam o tabagismo – em que Curitiba, infelizmente é primeiro lugar no Brasil -, de incentivo a atividade física, em uma alimentação saudável, para diminuir os números da obesidade, fator responsável por muitas doenças crônicas”, discorreu a secretária. “Enfim, um sistema de saúde, como pensa o prefeito Rafael Greca, que cuide das pessoas”, finalizou.

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