Ex-gerente de banco é preso em Curitiba por desvio de R$10 milhões de reais

O ex-gerente geral de uma agência bancária de Curitiba Luiz Eduardo Cardoso, um contador e empresários foram presos numa operação deflagrada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba nesta terça-feira (17) em quatro estados do Brasil. Dois empresários, um do Paraná e outro de Goiás, estão foragidos e as forças policiais dos dois estados trabalham para localizar e prendê-los.
A ação policial, batizada de “Sangria”, aconteceu também nos estados de São Paulo e Brasília. Ao todo, foram cumpridos 52 mandados judiciais: cinco de prisão temporária, outros sete de condução coercitiva, cinco de bloqueios de bens, 19 de busca e apreensão e 16 bloqueios de contas bancárias.
A investigação da DFR, que levou mais de um ano, aponta para um desvio de mais de R$ 10 milhões de uma instituição bancária com envolvimento direto de Luiz Cardoso, ex-gerente geral de uma agência que ficava no Centro de Curitiba.
O esquema criminoso contava ainda com a participação do contador Joilson Gomes Pires, que abria contas bancárias sem o conhecimento dos donos das empresas e com documentos falsos. Com estes dados, ele repassava para o gerente geral que, por sua vez, realizava empréstimos financeiros e antecipações de títulos.
O ex-gerente da instituição bancária chegou a alterar o cadastro de empresários no sistema do banco, sem que os mesmos soubessem, para que as transferências bancárias fossem realizadas. Estes recursos eram transferidos, posteriormente, para contas de empresas envolvidas com a quadrilha.
O dono destas empresas está entre os detidos. Eles responderão pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), falsificação de documento público e particulares, expedição de duplicatas simuladas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Os crimes ocorreram entre 2015 e 2016 e segundo o delegado Matheus Loyola, assim que o ex-gerente foi demitido, o banco procurou a Polícia. Por meio de nota, o Banco do Brasil informou que “após identificar indícios de irregularidades, concluiu investigações da Auditoria Interna que resultaram na demissão por justa causa de um funcionário, em junho de 2016, e na apresentação de notícia crime à polícia”.
Cerca de 80 policiais civis dos quatro estados participaram da operação. Além dos policiais da DFR, Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Delegacia de Desvio de Cargas e do TIGRE (Tático Integrado Grupo de Repressão Especial), unidade de elite da Polícia Civil, participaram ainda policiais da DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Goiás, GARRA (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de São Paulo e da Divisão de Capturas e da Polícia Interestadual de Brasília.

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