Aproveitar as Oportunidades

Estamos vivendo um momento de grandes transformações. O velho mundo está ruindo. A velha ordem política foge dos processos da justiça como o diabo foge da cruz. E um a um os políticos vão caindo nas malhas da justiça. Por outro lado, os empresários pegos em corrupção reclamam que são tratados como traficantes nas prisões. O Brasil mudou.

As transformações vão ocorrer de forma muito rápida. Várias empresas vão morrer e novas vão ocupar o espaço. Em poucos anos o Brasil estará vivendo uma nova realidade. Agora é o momento de construção das novas empresas que poderão durar décadas.

Tudo que for bem construído agora poderá durar bastante tempo. Uma nova ordem moral vai se estabelecer. O momento de empreender é agora. A exportação agrícola vai colocar o Brasil num novo patamar no comércio internacional. O superávit da balança comercial vai surpreender a todos, neste ano deve ficar entre 70 e 75 bilhões de dólares, no ano que vem poderá superar os 100 bilhões. Essa realidade ainda não foi percebida. Os economistas relutam em acreditar que o Brasil está crescendo, e crescendo rápido. As notícias pessimistas ainda dominam o noticiário econômico.

Quem está ligado no consumo interno ainda não consegue sentir todo o crescimento que está acontecendo. Mas quem está ligado à exportação já percebe muitos gargalos. Está faltando navios para embarcar alguns produtos. Algodão, por exemplo. Alguns portos já estão congestionados.

Soja e milho continuam a serem exportados, num período já não seria comum isso ocorrer. A compra de caminhões já retomou, a de carros também. Vai levar um tempo até os picos anteriores serem atingidos. A capacidade ociosa nas fábricas ainda é grande, mas está diminuindo. Muitas já começam a operar o segundo turno, algumas poucas já estão trabalhando no terceiro turno.

O que tem levado a indústria automobilística a anúncios de grandes investimentos para os próximos anos, começando pelas grandes fábricas de caminhões. Nesse setor os investimentos precisam de longo prazo para maturar. A maior parte do transporte das safras agrícolas no Brasil ainda é feita por caminhões. Nos últimos anos os investimentos de renovação de frota por parte dos grandes transportadores foram adiados. Além disso, só neste ano o crescimento da safra foi de 30%. Uma hora ou outra esses caminhões envelhecidos precisarão ser trocados. Nessa troca vai ocorrer uma atualização tecnológica. As fábricas mais atualizadas vão capturar os maiores pedidos.

O emprego está retomando mais lentamente. Pois os setores que estão retomando primeiro empregam muito pouco, são setores de tecnologia de ponta. O que mais emprega é o setor de serviços que está muito ligado ao consumo interno, e a massa salarial está crescendo muito lentamente.

O aumento da renda nas classes média e baixa vai demorar um pouco mais, mas vai acontecer. Para que essa retomada se acelere é preciso mudar a estrutura dos impostos, que estão muito atrelados aos salários da classe baixa e média.

Algo que é impensável fazer no governo Temer. O final do governo Temer deve acelerar as reformas, principalmente a da Previdência. É preciso reduzir os privilégios dos funcionários públicos e políticos. A proibição do acúmulo de aposentadorias deve ser o primeiro passo. É imoral o acúmulo de quatro, cinco e até seis aposentadorias por uma única pessoa.

Depois do choque que a opinião pública teve com a compra de votos no Congresso Nacional, que continua acontecendo para apoiar o senador Aécio Neves e a continuidade do governo Temer, ela vai ficar horrorizada quando souber os valores e as quantidades de aposentadorias acumuladas pelos políticos. Hoje, 90% do gasto de aposentadoria do INSS é com os funcionários públicos e políticos.

De escândalo em escândalo, de crise em crise, o Brasil vai mudando. A economia vai retomando e novas empresas vão ser criadas. Chegou a hora da ousadia e da renovação.

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