ANTENADO – Política local e nacional

Sem destaque na Câmara de Fazenda Rio Grande

A sessão desta semana na Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande não teve nenhum projeto de lei ou requerimento polêmico, apenas pedidos para a Prefeitura asfaltar algumas ruas; solicitação de informações para a realização de serviços de esgoto em ruas do Jardim Colonial e o pedido para que seja viabilizado a mudança do ponto de táxi de um lado para outro do Terminal, onde está sendo construído um centro comercial.

No mais, teve um vereador que pediu o envio de um ofício para que um deputado federal (Takayama) destine verba para a aquisição de um aparelho de Raio X para o uso no hospital da cidade. Ora, se depender desse parlamentar, quem depender no futuro de um raio X na cidade vai ficar sem. Esse parlamentar e a grande maioria que está em Brasília, não está nem aí para os fazendenses. Se perguntar agora para ele quem são os vereadores do partido dele em Fazenda Rio Grande ele vai ficar mudo (ou vai apelar pelo google). Se perguntar qual ponto de ônibus o morador fazendense usa em Curitiba para vir para Fazenda, aposto que vai errar a resposta. Ou seja, ele é um daqueles parlamentares que não conhecem a realidade, os problemas ou está preocupado com Fazenda Rio Grande e só aparece em época de campanha na cidade para tentar iludir com conversa furada alguns eleitores, como ocorre a cada quatro anos. As eleições 2018 estão aí e os vereadores agora vão “trabalhar” para eleger seus “amigos” deputados que não fazem nada e quando fazem miseravelmente alguma coisa, ficam supervalorizando suas “realizações pelo bem dos cidadãos”. O povo tem que abrir o olho desde já para que não sejam enganados nas próximas eleições por vereadores que vão tentar “puxar votos” para seus deputados.

Prisão I

Nacionalmente, dois assuntos do cenário político chamaram a atenção. Um deles, o mais recente foi que o presidente nacional do Partido da República (PR), Antônio Carlos Rodrigues, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e a esposa dele, a também ex-governadora Rosinha Garotinho foram presos. Eles fariam parte de uma organização criminosa, conhecida no meio político como Orcrim. A acusação foi feita pelo juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 98ª Zona Eleitoral, de Campos dos Goytacazes, que determinou a prisão preventiva deles e de mais cinco pessoas por envolvimento em operações de caixa 2, algumas delas com o grupo JBS, no total de R$ 3 milhões.

Segundo Oliveira, havia uma estrutura bem determinada, com divisão de tarefas, envolvendo empresários, políticos e secretários de governo do município de Campos durante o período em que Rosinha foi prefeita da cidade, entre 2009 e 2016. Parte das informações foi obtida por meio da colaboração do empresário André Luiz da Silva Rodrigues, dono da empresa Ocean Link Solutions Ltda, que realizou contrato simulado com a JBS para viabilizar o pagamento de milhões à campanha de Garotinho ao governo do Rio de Janeiro em 2014.

 

Prisão II

Outra, também no Rio de Janeiro foi o vai e vém da prisão de três deputados, um deles presidente da Assembleia fluminense. Depois de muita confusão, os deputados estaduais Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani tiveram nova ordem de prisão na tarde da última terça-feira e estão recolhidos na Polícia Federal (PF), cumprindo o pedido feito pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).

Os três tiveram bloqueados R$ 270 milhões, por ordem judicial, montante referente ao total supostamente recebido indevidamente das empresas de ônibus.

Na decisão desta terça-feira, os desembargadores do TRF consideraram que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) extrapolou suas competências constitucionais, ao ordenar a libertação dos três parlamentares, após votação na última sexta-feira (17), sem sequer comunicar o fato ao TRF2.

Esse caso ocorreu porque a Assembleia usou o precedente da soltura do senador Aécio Neves da prisão domiciliar, depois do STF, por maioria de votos decidir que o Legislativo tem a palavra final para definir a prisão de parlamentares. Essa queda de braço entre Judiciário e Legislativo deve ir longe, mas esperamos que a Justiça seja feita e que tal tipo de condenação ou absolvição não dependa dos próprios parlamentares, se não, ninguém mais deles será visto atrás das grades.

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