Casal é preso suspeito de esquartejar e arrancar coração de jovem em Curitiba

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba apresentou hoje (07/12), um casal suspeito de ter participado de um crime bárbaro que vitimou Heverton Silva Assem, 21 anos, em agosto. Foram presos Keven Luiz Marques, 26 e Julia Beatriz Sailva, 22 que, os quais, segundo investigações, estão envolvidos no brutal assassinato do jovem que chocou até mesmo os policiais, uma vez que imagens encontradas mostram que Héverton teve o coração arrancado e o corpo esquartejado em diversas partes.

A polícia chegou até a dupla após um trabalho de campo e inteligência, desencadeado pela Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) sob a coordenação do delegado-titular, Jaime da Luz.

As investigações iniciaram no mês de agosto, depois que a delegacia foi comunicada de um desaparecimento. Ao longo das diligências, a equipe policial conseguiu ter acesso a um cartão de memória e uma carteira de trabalho em nome da mulher de 22 anos. O objeto e o documento foram encontrados dentro de um Fiat/Pálio – veiculo envolvido em um acidente na cidade de Itu, em São Paulo (SP).

Conforme investigações, o veículo havia sido roubado em Curitiba. Durante a análise do material armazenado no cartão, a polícia localizou dois áudios, onde pessoas que se denominavam membros de uma facção criminosa, interrogavam e torturavam uma pessoa que relatou trabalhar em uma rede de hamburgueria. Nos arquivos a polícia também encontrou um vídeo que mostra os suspeitos decapitando a vítima.

“No vídeo havia um homem com uma camiseta da cor verde amarrada na cabeça. Nos arquivos há várias fotos desta mesma pessoa com a mesma camisa, que posteriormente foi identificada como sendo o jovem de 26 anos”, conta o delegado.

De acordo com informações apuradas pela polícia, a vítima é da cidade do Rio de Janeiro (RJ) e estava residindo em Curitiba temporariamente, há cerca de três meses, devido a curso de auxiliar de cozinha que estava fazendo em uma rede de hamburgueria situada no Largo da Ordem, Centro de Curitiba.

Na noite de sexta-feira dia 11 de agosto deste ano, a vítima junto com outro funcionário do estabelecimento, saíram até o Largo da Ordem, pois estavam hospedados nas proximidades da região.

Os rapazes fizeram o uso de bebidas alcoólicas e a vítima resolveu comprar drogas nas proximidades da Praça Tiradentes. “O jovem por ser uma pessoa comunicativa começou a conversar com os traficantes que haviam lhe vendido cocaína. Durante a conversa, o rapaz afirmou ser integrante de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. O que a vítima não sabia é que os suspeitos também se denominavam integrantes de outra facção rival”, relata Luz.

O amigo da vítima foi embora do local, pois se sentiu incomodado com o assunto. A partir deste dia a vítima desapareceu. Ainda não se sabe exatamente quando e onde o jovem foi morto. O corpo ainda não foi encontrado.

Conforme o delegado o homem, de 26 anos, negou o crime permanecendo em silêncio. Na delegacia a mulher, de 22 anos, também negou o seu envolvimento, mas afirmou que poderia ser a sua voz no áudio encontrado pela polícia. “A suspeita chegou a rir do áudio. Ela também informou à polícia o envolvimento de uma terceira no homicídio”.

Investigações identificaram um jovem, de 23 anos, mais conhecido como “Alissinho”, com sendo a terceira pessoa envolvida no homicídio. “Alissinho” foi morto em confronto com a Polícia Militar (PM), após reagir a uma abordagem policial no dia 18 de outubro deste ano.

“Apesar das negativas dos suspeitos em admitir o envolvimento na morte, o conjunto das investigações possibilitou que a DPP representasse pela prisão dos suspeitos”, concluí o delegado.

Os suspeitos já estavam detidos pelo crime de tráfico de drogas. Ambos responderão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eles estão à disposição da Justiça. As investigações seguem para a localização do corpo da vítima, bem como para a identificação de outros envolvidos no crime.

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