Goleada sofrida em casa para aspirantes do Atlético acende luz amarela no Paraná

A disputa do Campeonato Paranaense é, em tese, uma extensão da pré-temporada para os times da capital e pela baixa qualidade técnica das equipes envolvidas, com poucas exceções, a disputa não serve de parâmetro para embasar o verdadeiro potencial do time para as competições nacionais. A teoria, contudo, não se fundamenta na prática. Apesar de ter disputado apenas dois jogos oficiais nesse início de temporada, as derrotas na estreia do Estadual para o limitadíssimo União Beltrão por 2 a 1 e no clássico contra o time alternativo do Atlético-PR, na última quarta-feira (24), em casa, por sonoros 3 a 0, acendeu a luz amarela na Vila Capanema.

O torcedor paranista se mostra apreensivo com o rendimento do time nesse início de temporada, na qual voltará a disputar, depois de dez anos de ausência, o Brasileirão da Série A, em que a exigência é bem maior do que o clube enfrentou na última década.

O técnico Wágner Lopes se mostrou completamente decepcionado com seus comandados após a derrota para o rubro-negro.  “Foi uma noite muito infeliz para todos nós. Todos jogadores estão envergonhados”, lamentou com voz abatida, durante a coletiva. “Fizemos um jogo muito abaixo do que a gente esperava. Nos primeiros 25 minutos estivemos dentro daquilo que nós treinamos e depois que erramos o pênalti, ficamos fora do jogo”, avaliou o treinador paranista, em sincera declaração. “Por mais que (o Atlético) esteja treinando mais tempo, sabíamos que os extremos eram rápidos, não tivemos compactação, cobertura, bola parada. Nós aceitamos ser dominados. Muito triste, nós não conseguimos jogar, aceitamos passivamente a maneira que eles jogam”, emendou.

Enquanto o time “aspirante” do Atlético se mostrou organizado, o Tricolor demonstrou que está em formação, sem um padrão tático ou um onze definido. O time já fez 15 contratações e justamente o camisa 9, o homem gol Zé Carlos errou o pênalti aos cinco minutos de partida e depois sumiu e não ameaçou mais o gol adversário.

Algumas contratações ainda não estrearam, como os paraguaios Torito Gonzáles (volante) e Baez (lateral) e o atacante Lucas Fernandes (ex-Flu e Atlético). Os dois goleiros que devem disputar a titularidade, Richard e Luiz Carlos, também não, pois estão se recuperando de contusões. Porém, com um calendário mais exigente que os anteriores, o torcedor sinalizou, nas arquibancadas e nas redes sociais, de que espera muito mais do time em 2018, porque até agora, a sensação é de pura desconfiança.

Copa do Brasil

O Tricolor volta a campo pelo Estadual no próximo domingo contra o Londrina, mas o foco da equipe está na estreia pela Copa do Brasil, marcado para a próxima quinta-feira (1º/02), contra o URT-MG. Pela importância da competição que nesse ano terá uma premiação recorde – o campeão terá direito a R$ 68,7 milhões, valor quase quatro vezes mais que os 18 milhões que o Corinthians recebeu com título do Brasileirão 2017 –, o Paraná deve ter um time considerado reserva diante do Tubarão e deve ter novidades em Minas Gerais, como a possível (re)estreia do goleiro Luiz Carlos para dar segurança ao vazado gol Tricolor.

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