Babás são presas por suspeita de matar e roubar idosa de 93 anos

A mão que afaga pode ser a que abafa. A expressão é sinistra, mas resume a intenção criminosa que duas babás tiveram recentemente em Curitiba. Um crime brutal, que vitimou Dirneice Hoff Barbosa, 93 anos, foi esclarecido pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As funcionárias da vítima, Raquel, 45 anos e Rosemara, 30 que auxiliavam a idosa nos afazeres e no cuidado pessoal foram presas na noite da última quarta-feira (21/02), suspeitas pela autoria do crime.
As prisões aconteceram em Fazenda Rio Grande e em Curitiba, no bairro Novo Mundo. As suspeitas trabalhavam em residências distintas, como babás, cuidando de crianças, no momento em que foram detidas.
Segundo informações policiais, a idosa foi encontrada morta por asfixia no dia 06 de setembro de 2017, dentro de sua residência, localizada no bairro Parolin. “Conforme o que foi apurado, a dupla utilizou o próprio travesseiro e um pano com querosene para matar a senhora”, conta o delegado responsável pelo caso, Cássio André Dias Conceição.
Conceição ressalta que no dia em que ocorreram os fatos, uma das suspeitas entrou na residência no período da tarde e ficou escondida na cozinha até anoitecer. “Quando a vítima adormeceu, as mulheres foram até o seu quarto e a asfixiaram. Uma utilizou o pano molhado com querosene e a outra o travesseiro”, informa o delegado.
No decorrer das diligências a equipe descobriu que logo após a prática do crime, as suspeitas roubaram um cartão bancário da vítima e deslocaram-se até um banco, onde sacaram R$1,3 mil.
Ao serem ouvidas na delegacia, a mulher, de 30 anos, confessou todo o crime e deu detalhes da ação criminosa. “Ela relatou que as duas haviam planejado a morte da idosa um dia antes, e que a ideia teria sido de sua colega, a mulher de 45 anos, que nega que tenha participado. No entanto os elementos colhidos na fase de investigação comprovam sua participação no fato”, afirma Conceição.
As mulheres não possuíam passagens policiais e foram indiciadas pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte ou vice versa. Se condenadas, podem pegar até 30 anos de prisão.
Ambas estão presas no Setor de Carceragem Temporária (Sacat) da DHPP, onde aguardam à disposição da Justiça.

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