Após nove anos de espera, ex-deputado Carli Filho vai a julgamento em Curitiba

O ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho vai, enfim, sentar no banco dos réus. Na última sexta-feira (23/02), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o recurso da defesa do ex-deputado para o desaforamento do júri, ou seja, para que o julgamento dele já marcado para Curitiba para ter início na próxima terça-feira (25/02) fosse transferido para outra comarca. A defesa alegou que a mudança seria necessária em razão de “dúvidas sobre a imparcialidade dos senhores jurados, bem como de fortes indicativos de comoção social e intranquilidade na comunidade local, atraindo o interesse da ordem pública”.

Com o pedido negado, Carli Filho, após quase nove anos de espera, será julgado pelo brutal acidente que provocou a morte dos jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. Segundo perícias e investigações da polícia, Carli Filho estava embriagado e dirigia a mais de 160 km/h quando bateu com violência no veículo Honda Fit, ocupado por Gilmar e Carlos (foto abaixo/Arquivo). O carro teve o teto arrancado e uma das vítimas teve a cabeça degolada.

Júri popular

O caso que ganhou comoção e repercussão nacional tem sido acompanhado desde o dia 7 de maio de 2008, data do acidente. E agora, dado o apelo desse julgamento, muitas pessoas se interessaram em acompanhar no Tribunal de Justiça do Paraná o júri popular de Carli Filho, marcado para os dias 27 e 28 de fevereiro. Cerca de 200 pessoas poderão assistir às sessões do júri e senhas foram distribuídas na última sexta-feira (24/02) para os interessados que fizeram fila para tentar garantir presença no histórico julgamento, a ser realizado na 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri, no Centro Cívico, em Curitiba.
Para quem conseguiu a senha, o TJ proibiu o uso de qualquer material que possa influenciar a decisão dos jurados – como camisetas, faixas, adesivos ou adereços com quaisquer mensagens ou imagens relacionadas ao caso julgado.

 

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