As consequências da guerra de Trump

O Brasil já começa a sentir as consequências da Guerra de Trump, Presidente dos Estados Unidos, com a China. O preço da soja subiu 40% em relação ao ano passado. É bem verdade que a quebra da safra da Argentina também ajudou o aumento.

Para os plantadores de soja é uma benção. A rentabilidade aumentou bastante. A intensão agora é aumentar a área plantada, na próxima safra que começa em setembro. Esse otimismo começa a contaminar a economia. A alta rentabilidade da agricultura de exportação atrai muitos empreendedores. Todos sabem da capacidade de compra dos agricultores.

Os primeiros a sentir são os fabricantes de equipamentos agrícolas, que viram um crescimento de consultas de novas máquinas. Os bancos já se colocaram a postos para conquistar novos clientes. Os fabricantes de caminhões também já começaram a sentir um aumento da consulta. Uma onda de euforia começa a contaminar a economia.

Uma outra frente de crescimento é o aumento da produção de petróleo. Após os grandes escândalos de corrupção, a produção de petróleo começa a crescer, fruto dos grandes investimentos feitos. O governo fez recentemente nos leilões de novas áreas de prospecção. O resultado foi surpreendente. Agora anuncia novas áreas para leilão ainda este ano.

Uma terceira frente é o aumento da produção de álcool a partir do milho. Mais duas usinas exclusivas de milho vão entrar em produção no próximo ano. Fora as usinas de cana-de-açúcar que começam a operar com milho também, as operações flex.

Todo esse crescimento surpreenderá os economistas. Que estão prevendo um crescimento abaixo de 3% para esse ano. A realidade deve ficar acima de 5%. Só que isso só será conhecido no início do próximo ano.

Essas frentes de produção em geral geram poucos empregos, mas de alta qualificação. Elas ainda impactam pouco o nível de desemprego, que ainda continua por volta de 13% ao ano. Para reduzir o desemprego era preciso que o setor de consumo interno aumentasse. Os juros comerciais ainda estão muito altos. Os cartões de crédito operam em níveis muito altos, acima de 10% ao mês, quando a inflação está abaixo de 3% ao ano. Não existe concorrência no mercado bancário, quatro bancos monopolizam 80% do mercado, fruto da política estatal de concentração do mercado bancário. Essa política precisa ser revista.

Recém-chegados são perseguidos pelos bancos tradicionais. Os bancos digitais operam com tarifas bem mais baixas e praticam serviços muito melhores. O Banco Central faz vista grossa e dá cobertura as perseguições.

A economia ligada ao mercado internacional vai bem, a que atendem ao mercado de consumo interno vai mal. Esse segmento depende da orientação do governo que simplesmente está inoperante. A intervenção no Rio de Janeiro deu a desculpa para parar as reformas no Congresso Nacional. Lá a única questão que importa é a reeleição dos seus membros. Parte significativa dos congressistas, que não conseguir se reeleger, provavelmente vai cair nas malhas da justiça de 1ª instância, e lá não existe a lentidão do Supremo Tribunal Federal (STF).  O ex-presidente Lula é o exemplo. Brasília está acéfala.

O Brasil crescerá apesar de não ter governo. O que demonstra o quanto os governos foram incompetentes nos últimos 30 anos. Eles foram os responsáveis pelo nosso atraso econômico. O resto do mundo cresceu muito mais rápido do que o Brasil neste período.

Agora que estamos sem governo, as coisas estão melhorando. A população ainda não percebeu a diferença. As melhorias ainda são muito pequenas. O que a população percebe é a queda da inflação. A economia parece mais sólida. O desemprego ainda continua alto. Mas quem consegue um emprego a vida passa a ser bem melhor.

Só que os empregos não se encontram nas grandes cidades, mas no interior. Essa mudança é mais difícil de fazer. É preciso um grande esforço para se mudar. A imagem das cidades do interior ainda é de um grande atraso. Pouco do crescimento econômico das cidades do interior chega ao grande público.

A sensação é ainda que a grande oportunidade será um emprego público. Muitos ainda continuam a estudar para os concursos. Que nos últimos anos ficaram raros e que resultaram em poucos empregos. O Brasil está em profundas transformações. Agora com a ajuda do presidente Trump as coisas estão acontecendo mais rapidamente.

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