A Nova Arquitetura

A Guerra de Trump faz parte da passagem para uma nova era. Não só os Estados Unidos vão perder o seu papel de liderança única, como o planeta vai passar por um momento de grandes transformações. Em poucos anos, tudo será diferente. Tudo vai ser destruído e reconstruído, segundo uma nova arquitetura. As transformações serão intensas e rápidas.

No Brasil o choque será mais intenso ainda, pois estamos bastante atrasados com relação aos países mais desenvolvidos. Em poucos setores dominamos a tecnologia de ponta. Um exemplo é a agricultura de exportação. Outro é a produção de aviões. O nosso pior atraso está na educação pública.

A riqueza produzida pelas exportações vai transformar profundamente o Brasil. Regiões esquecidas pelos administradores nacionais, como o Nordeste, vão se transformar em zonas de produção. A infraestrutura de transportes vai se espalhar. Numa primeira onda serão as rodovias. Em poucos anos centenas de milhares de novas rodovias serão asfaltadas. Numa segunda, novas ferrovias serão construídas, antigas profundamente reformadas. Os portos também serão ampliados. E numa terceira, uma malha de hidrovias irá ligar todos os pontos do Brasil.

Por incrível que pareça, esse movimento de transformação já começou. Os portos brasileiros, nos últimos anos, já ampliaram bastante a sua capacidade de embarque e desembarque de mercadorias. A concorrência entre os portos provocou uma corrida de melhoria de eficiência e aumento de capacidade. Hoje o Brasil já tem mais de 20 portos para exportação. Esse número deve aumentar ainda mais nos próximos anos.

Em paralelo a essa transformação da infraestrutura vai ocorrer uma grande reforma do Estado Brasileiro. A privatização das empresas estatais será o primeiro passo. Os escândalos na Petrobras mostraram como funciona o esquema de corrupção entre as estatais e os políticos nacionais.

Poucas permanecerão estatais. A maioria será muito melhor administrada pela iniciativa privada. A redução da quantidade de funcionários públicos seguirá a privatização. O que vai provocar uma onda de desempregados, com muitos títulos e pouca capacidade de produção. Poucos terão capacidade de se reciclarem.

Os empreendedores do setor privado, que hoje lutam bravamente para sobreviverem, serão os novos líderes. A sua capacidade de se reinventarem permanentemente os tornou aptos à nova realidade.

A absorção de tecnologia pelo setor público vai ser muito intensa. Da última posição passará para a primeira. Essa é a realidade brasileira. Em pouco anos transformações que ocorreram em outros países ao longo de várias décadas serão implementadas. A criatividade estará em todo o lugar.

Não estranhem, o Brasil sempre foi assim. Ficamos parados muito tempo e de repente nos movimentamos de forma intensa. Construímos o inimaginável em pouco tempo. A China também é assim. Há 100 anos era uma nação enorme e extremamente atrasada. O seu crescimento econômico ocorreu nos últimos 30 anos.

Com o Brasil aconteceu o contrário, nos últimos 30 anos ficamos parados. O crescimento econômico foi pífio. O crescimento que ocorreu foi pontual. Só ocorreu na agricultura de exportação e na produção de aviões comerciais médios.

Agora vai acontecer um florescimento vertiginoso em poucos anos. Como acontece, nos desertos, após uma grande chuva. Tudo floresce em poucos dias. O ciclo de vida nestes lugares é muito curto.

Será que esse ciclo de explosão do crescimento brasileiro também será muito curto?

Será preciso esperar. Ver a profundidade das transformações. De como será a interferência com relação às outras nações. Na próxima década, a China será muito dependente do crescimento da agricultura brasileira. Isso até que ocorra a explosão da agricultura em outros países, principalmente na África e no Leste Europeu.

Na próxima década o Brasil vai se transformar num grande canteiro de obras. Virão gente de todo o mundo. Seremos um oásis para muitas pessoas. O processo de imigração para o Brasil será muito intenso. As bases já estão prontas para receber esse povo todo. Já temos colônias de todas as partes do mundo. Não temos dificuldades de absorver pessoas diferentes.

Novos processos produtivos, demanda de produtos agrícolas por parte dos chineses, recursos dessas exportações e a chegada de novos imigrantes vai produzir uma nova arquitetura no país. Essa revolução já começou.

 

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