Dólar desacelera alta com ajustes em meio à aversão ao risco no exterior

Por Silvana Rocha, Estadão Conteúdo

O dólar segue em alta, mas desacelerou o ajuste na manhã desta quarta-feira, 11, após ter caído 1,17% ontem, para R$ 3,8029 no mercado à vista. Os investidores monitoram o ambiente de aversão ao risco no exterior, após os Estados Unidos terem anunciado planos de tarifar em 10% mais US$ 200 bilhões em produtos chineses, cujo prazo para contestações pelos importadores americanos termina em 30 de agosto. O ministério de Comércio chinês respondeu que “será forçado a impor contramedidas necessárias para proteger seus próprios interesses”.

No radar, estão ainda eventuais desdobramentos da reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), hoje e amanhã em Bruxelas com a participação do presidente americano Donal Trump, e o andamento da pauta fiscal no Congresso.

Trump não falou ainda na Europa sobre a ampliação de medidas protecionistas a Pequim, mas deve se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel, às margens da cúpula da Otan. Mais cedo, na abertura do encontro, o presidente norte-americano voltou a apelar a aliados que ampliem seus gastos com defesa e fez duras críticas à Alemanha por ter fechado um acordo de gás com a Rússia. A queda dos contratos futuros de petróleo Brent, na esteira do dólar forte e da retomada do controle de quatro portos na região leste pelo governo da Líbia, também pesa na desvalorização do real, após a forte queda do dólar ontem, para R$ 3,8029 no mercado à vista. O Banco Central volta a realizar hoje apenas leilão de rolagem do vencimento de swap cambial de agosto, com oferta de US$ 700 milhões às 11h30.

Às 9h21, o dólar à vista subia 0,58%, a R$ 3,8251, enquanto o dólar futuro de agosto estava em alta de 0,17%, aos R$ 3,8325.

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