Curitiba: recuperada e em transformação.

Foto: Pedro Ribas/SMCS

Rafael Greca*

Está se completando um ano desde que a Câmara Municipal aprovou as primeiras medidas do Plano de Recuperação de Curitiba, enviado pela Prefeitura para resolver os graves problemas encontrados no início da gestão na nossa capital.

É com satisfação que se verifica que após curto período de tempo já estamos colhendo grandes e copiosos frutos. A cidade retomou serviços públicos, equilibrou as contas, recuperou a credibilidade e ampliou investimentos em todas as áreas.

Tiramos Curitiba daquele marasmo terrível de obras paradas. Demos um basta à procrastinação! Isso não aconteceu por mágica. Encontrei a cidade com as finanças combalidas. Havia uma dívida de R$ 1,2 bilhão e um rombo de R$ 2,19 bilhões no Orçamento. As receitas estavam em R$ 8,1 bilhões e as despesas em R$ 10,3 bilhões, ou seja, faltava dinheiro para fechar as contas – num valor equivale a quatro anos de arrecadação de IPTU.

Mas nós colocamos a casa em ordem. E os resultados vieram! Os investimentos próprios mais que dobraram desde 2016 – no ano passado foram de R$ 234,6 milhões –, e para 2018 devem ter uma alta de 37%, para R$ 322,5 milhões, mais que o dobro do valor de 2016. As contas estão sendo pagas em dia, retomamos obras que estavam paradas e os serviços públicos foram regularizados e ampliados.

Para se ter uma ideia, tenho visitado mais de uma rua que recebe nova pavimentação por dia. Isso porque colocamos em marcha o maior plano de recuperação de ruas dos últimos 20 anos na cidade.

Mas não é só isso: os serviços de saúde estão supridos, não faltam remédios, as consultas estão fluindo, o laboratório municipal entrega 300 mil exames por mês e as unidades de pronto atendimento socorrem mais de 120 mil pessoas por mês. O serviço de coleta de lixo voltou a ser exemplar, retomamos a ideia de reciclagem, usando os nossos carrinheiros, e o trabalho da FAS (Fundação de Ação Social) é o melhor do país.

Na educação, as perspectivas eram sombrias e ameaçavam a regularidade do ensino dos curitibinhas. Havia um rombo estimado em R$ 85 milhões. Os pagamentos estavam atrasados e faltava dinheiro para aquisição do mobiliário e contratação dos profissionais necessários para pôr em funcionamento 12 creches que haviam sido inauguradas e estavam fechadas. Havia ainda, seis creches com obras paralisadas ou com o ritmo fora do cronograma.

A cidade não podia falhar com nossos curitibinhas porque isso significaria comprometer o seu próprio futuro. Por isso, decidi destinar 27,8% das receitas correntes, equivalente a R$ 1,5 bilhão para educação, valor acima dos 25% determinados por lei.

E assim conseguimos colocar em funcionamento 14 novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), atendendo 660 crianças de 0 a 3 anos, faixa onde havia a maior demanda por atendimento. Quando estiverem funcionando a toda capacidade, os CMEIs ampliarão em 2.316 o número de vagas na rede.

Além disso, os seis CMEIs com obras paralisadas foram retomados. Dois deles já foram concluídos: o Corina Ferreira Ferraz e o CMEI João Botelho, na CIC, ambos já em funcionamento. Seguem em obras a construção dos CMEIs Novo Mundo, Pilarzinho/Vila Nori, União Ferroviária I, Vila Verde II e Parque Industrial.

Estes exemplos reafirmam que é possível administrar bem a cidade, entregando realizações para a população. Nós governamos de forma propositiva. Não aceitamos os desafios de forma ranzinza, mas com alegria e dedicação. Porque não há nada mais satisfatório ao espírito, mais definidor do caráter, do que entregar o nosso máximo e uma tarefa difícil.

Muito ainda está por vir, Curitiba. Uma cidade com a tradição como a nossa não merece ser definida ou resumida pela desventura e pela tristeza.

Xô, tranqueira! Viva Curitiba!

*Rafael Greca é prefeito de Curitiba.

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