ANTENADO – Bastidores da política local e nacional

Sessão sem gravação

A sessão da Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande costuma ser gravada e depois o vídeo é disponibilizado no site ou na página oficial da Casa no Facebook. Porém, na reunião ocorrida na última segunda-feira (28), o vídeo não foi colocado no ar para que os fazendenses tivessem acesso ao que foi discutido. Nem todos os eleitores podem estar presentes na Câmara para acompanhar o trabalho dos vereadores e ao não disponibilizar essa gravação, a Casa mantém distância dos eleitores e não demonstra total transparência de seus atos. A população espera que essa prestação de serviço seja retomada o quanto antes.

Requerimentos

Mesmo sem divulgação do áudio e do vídeo na internet a sessão transcorreu com normalidade e essa coluna destaca três requerimentos. O primeiro que já abordamos em outras semanas, cobra respostas do Executivo sobre um nebuloso contrato com a empresa que presta serviços na área de radares na cidade. O requerimento solicita a Cópia do Contrato firmado em vigor com a empresa responsável pela fiscalização eletrônica no município, o valor dos repasses efetuados à referida empresa, bem como a data do efetivo pagamento referente aos meses de janeiro e dezembro de 2016 e de janeiro a junho de 2017. Também pede um relatório contendo os valores arrecadados com multas, número de equipamentos instalados no município. A empresa contratada pelo município é a Kopp, aquela mesmo que já teve o dono preso por escândalo de corrupção no passado.

O segundo também pede informações junto ao Executivo e à Secretaria responsável para ver quais providências estão sendo tomadas referente a sinalização eletrônica entre a Avenida Brasil e Av. Tomaz Edson Andrade Vieira, entrada do movimentado residencial Greenfield, no bairro Eucaliptos. Aliás, os vereadores poderiam apurar como esses loteamentos estão sendo liberados na cidade.

Requerimentos II

O terceiro requerimento relevante trata do pedido de atas de reuniões, procedimentos adotados para anuência e autorização, bem como o parecer em relação ao uso do solo, alvará e licenças ambientais e sanitárias que liberaram a implantação de um posto de combustíveis na esquina da Avenida Brasil com a Avenida das Araucárias. Pois esse posto foi construído a poucos metros de uma escola, de uma creche e da sede da Apae, uma situação que gera um alto risco à segurança da população, especialmente dos mais vulneráveis, crianças e pessoas especiais. Um projeto de lei apresentado na Câmara anteriormente previa a proibição desse tipo de empreendimento próximos às escolas, porém, pelo jeito essa lei não pegou – ou simplesmente eventuais interesses escusos falaram mais alto.

Fufuca

Assim como na esfera local, em Brasília, o clima na política também não anda muito agitado. O presidente Michel Temer viajou para China e em seu lugar, assumiu provisoriamente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. E mesmo com temas importantes para serem votados, a pauta na Câmara dos Deputados não andou nessa semana. Mas também, não se esperava outra coisa, pois não se pode levar a sério que um dos principais poderes do País seja administrado por um deputado de nome Fufuca. Parece brincadeira, mas não é. O deputado André Fufuca substituiu Maia na Câmara e sem experiência ou traquejo com outros parlamentares não conseguiu que a reforma política avançasse. Esse mesmo deputado na época em que Cunha estava a um fio de perder o poder e a liberdade, na hora da votação, se absteve para não se comprometer. Um absurdo que acontece nesse País, mas temos a chance de no ano que vem, nas eleições, melhorar a qualidade dos nossos representantes.

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