Motoristas e cobradores pedem mais segurança após série de casos de violência contra os profissionais

Motoristas e cobradores anunciaram na última segunda-feira (4) o início do uma série de mobilizações por mais segurança no transporte coletivo. As paralisações realizadas em porta de garagens, terminais e região central visam convidar trabalhadores e usuários para um grande ato em 20 de setembro, às 15h, na Praça na Rui Barbosa. Entre as principais reivindicações estão filmadoras com monitoramento online em todos os veículos e medidas como patrulhamento especial e implantação de delegacia especializadas em crimes nos coletivos, como já foi implantado em Porto Alegre/RS.

Testes com as filmadoras estão previstos para iniciar em 15 de setembro, em veículos da Região Metropolitana, ligados à Comec (Coordenadoria dos Municípios da Região Metropolitana). Na Urbs, responsável pelo transporte em Curitiba, até o momento, nenhuma iniciativa foi tomada para viabilizar a medida.

Violência

Nos últimos dias, ao menos três ocorrências contra profissionais da classe foram registradas. Na segunda, um motorista da linha Inter 2, 35 anos foi esfaqueado depois de pedir para um rapaz abaixar o volume do som. O caso aconteceu, no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba. Por sorte, uma técnica de enfermagem estava entre os passageiros e auxiliou nos primeiros socorros ao motorista. “Ele achou ruim, não queria desligar o rap e começou a discutir com o motorista. Nisso, ainda exigiu que a porta da frente fosse aberta para que pudesse descer. Antes de sair correndo, cometeu isso”, disse à Banda B, uma técnica de enfermagem, passageira do coletivo, que fez o atendimento de primeiros socorros ao motorista, antes da chegada da ambulância do SAMU.

Outros casos

Um cobrador foi morto na última sexta-feira depois de um homem entrar na linha Gramado, no bairro Capão Raso e atirar duas vezes contra o profissional. A Delegacia de Homicídios investiga o caso. No dia 22 de julho, o motorista Edmilton José de Melo, de 45 anos, foi assassinado durante um arrastão que ocorreu na linha Jardim Paulista-Curitiba.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), Anderson Teixeira, a medida foi tomada diante da necessidade de se fazer algo após os episódios violentos. “Nós sabemos que o trabalhador é o grande conhecedor do transporte coletivo, então estamos aqui para ouvi-los e para que tenhamos mais segurança”, disse.

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