A Semana completa 10 anos

“Tudo o que tem vida louve o Senhor”.  A escolha desse pequeno trecho de um salmo bíblico é uma singela mensagem a Quem gostaríamos de agradecer em primeiro lugar pelos 10 anos de vida do jornal A SEMANA. Um veículo de comunicação – apontado como um dos melhores da Região Metropolitana de Curitiba, na categoria de distribuição gratuita – que nasceu de um sonho do diretor comercial Sérgio Dalgallo e virou realidade no dia 09 de novembro de 2007. A vontade divina, o envolvimento de profissionais talentosos como o jornalista Dimas Rodrigues, a diagramadora Tatiana Souza, a advogada Daniele Silvia, entre outros, além da lealdade de parceiros e patrocinadores ajudaram a construir, a cada semana, uma década de história e muitas histórias.

Algumas curiosas que não chegam ao grande público e outras publicadas em edições que marcaram a trajetória do jornal. Uma dessas histórias – que poucos sabem – é de que nenhum dos sócios (Sérgio e Dimas) tinha dinheiro suficiente para o jornal ser rodado na gráfica. Ou seja, sem planejamento, capital de giro ou reserva financeira dos sócios, tudo indicava que aquele projeto sonhado não passaria de um sonho. Era uma loucura. Só que não.

Com fé e determinação, Sérgio conseguiu vender espaços publicitários de um jornal que ainda não existia para os primeiros parceiros comerciais (Auto Escola Milênio e Eliauto Veículos) que acreditaram naquela “loucura” e apresentou a ideia para o amigo Elói Kuhn, que era o presidente da Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande. Observando o brilho no olhar do futuro diretor comercial da Semana, Eloi se dispôs a ajudar e deu o empurrão que faltava. E um dia depois abriu o sorriso ao ver um requerimento de sua autoria apresentado na Câmara ser estampado, com foto principal, na histórica primeira capa do jornal A Semana com a manchete: “Justiça no Bairro chega a Fazenda Rio Grande”.

Para contextualizar, à época existia apenas um jornal na cidade e que só falava bem do prefeito e outros tabloides sem circulação definida rodando na cidade – os chamados arco-íris (que aparecem de vez em quando). O novo veículo preencheu a lacuna no mercado local de ser um jornal independente e que teria uma periodicidade semanal, considerada mínima para deixar o noticiário atualizado.

A distribuição da primeira edição também guarda boas lembranças.  Jackson (colaborador até hoje), Dimas e o irmão dele Airton Rodrigues, atualmente sargento reformado do Corpo de Bombeiros – , distribuíram parte da tiragem de um lado da cidade e Sérgio e Julinho do Pesque – que emprestou a casa para que o trabalho de dobra e empacotamento de cada exemplar fosse feito –  saíram de comércio em comércio do outro lado da BR. Fazia muito calor e ao final da distribuição, os cinco estavam esgotados, mas orgulhosos de fazer parte daquele momento histórico.

Aos poucos, o jornal que se destaca pelo layout, pelo conteúdo variado e que valoriza o desenvolvimento da Região Metropolitana de Curitiba, pelas matérias contra a corrupção, além de um caderno de Classificados, ganhou credibilidade e mais leitores a cada semana.

Vieram as primeiras cinquenta edições (boa parte dos novos jornais termina na quinta edição), a marca de 100 edições, 200 edições e assim, sucessivamente e ininterruptamente, com muito esforço, o jornal cresceu e tornou referência na cidade e conhecido fora dela. A Semana que começou em Fazenda Rio Grande chegou a ser distribuído em 15 municípios da Grande Curitiba.

A edição 250, do dia 14 de setembro de 2012 causou alvoroço na região. Em um trabalho investigativo e exclusivo, o jornal A Semana estampou a seguinte capa: “Justiça investiga se jornais eram bancados com dinheiro público”, indicando que o então prefeito Chico Santos corria o risco de ser cassado por abuso de poder econômico. E as informações se confirmaram. Chico foi afastado do cargo em decisão de primeira instância pelo Fórum Eleitoral, mas ainda assim, após carros de som espalharem durante os últimos dias da campanha que A Semana estava mentindo, foi eleito prefeito. Contudo, meses depois, a Edição 271 cravou: “Chico Santos está cassado, confirma TRE”. A edição causou repercussão e em maio, ele deixou o cargo definitivamente para o presidente da Câmara assumir a vaga.

O jornal acompanhou passo a passo todo esse imbróglio político e de outros tantos como do caso Derosso – da Câmara de Curitiba, dos Diários Secretos da Assembleia Legislativa do Paraná, além de abraçar causas em favor da população fazendense e do progresso da cidade.

Ajudou a mobilizar a população para a liberação das obras de duplicação da BR-116, uniu esforços ao lado da empresa Leblon Transportes e dos moradores para que fosse desligado o semáforo da BR, com a Rua Ângelo Burbelo que travava o trânsito na rodovia, entre outras reivindicações.

A Semana ainda denunciou a falta de médicos no hospital, a onda de assaltos nas residências que diminuiu posteriormente com o reforço de policiamento; a condenação do ex-vereador Luciano que mandou matar o vereador Miro Siqueirense; a abertura de CPI´s na Câmara e outros assuntos polêmicos. Também, com temas mais leves e de entretenimento, A Semana testemunhou a inauguração do primeiro shopping de Fazenda, do primeiro cinema; incentivou e propagou ações para fortalecer o consumo no comércio local e mostrou o potencial da cidade para que ela não ficasse apenas conhecida nas páginas policiais.

Enfim, foram muitas histórias que só foram contadas graças a Deus e a todos que foram instrumentos Dele para que um sonho fosse compartilhado, de forma bem real, nas últimas semanas desses últimos dez anos.

 

 

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