Estre Ambiental: gera energia e empregos em Fazenda Rio Grande

As 2, 7 mil toneladas de lixo produzidos pela população de 23 municípios da Região Metropolitana de Curitiba que até pouco tempo eram despejadas sem nenhum controle no Aterro da Caximba, hoje produz energia. Essa mudança de paradigma no tratamento do lixo gerado na RMC foi proporcionada pela Estre Ambiental, a maior empresa de gerenciamento de resíduos do País. Desde 2010, quando o depósito da Caximba foi fechado por determinação judicial, os municípios que integram o Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol) encontraram uma solução para a destinação dos resíduos que superou a expectativa.

O Centro de Gerenciamento de Resíduos Iguaçu, pertencente a Estre e que está localizado em Fazenda Rio Grande, possui uma estrutura moderna e gerencia os resíduos com técnicas, equipamentos de última geração, além de processos industriais que cumprem as rígidas exigências socioambientais. O CGR Iguaçu tem impermeabilização do solo, drenagem e tratamento de líquidos percolados (chorume), captação de águas pluviais e sistema de remoção e queima dos gases do efeito estufa – considerado entre os mais eficientes do mundo. Recentemente, o CGR Iguaçu começou a gerar energia elétrica a partir de biogás, obtido das 2,7 mil toneladas de lixo doméstico recolhidas diariamente nas cidades que compõe o Consórcio, entre elas Fazenda Rio Grande e a capital Curitiba.

A usina de bionergia da unidade de Fazenda Rio Grande iniciou as operações em 2016, quando foram colocados em funcionamento três grandes motores, importados da Europa. Em seguida, no primeiro semestre de 2017, mais três motores foram instalados duplicando a capacidade de geração da usina. De acordo com João Vitor, gerente do CGR Iguaçu, a unidade tem capacidade para gerar 8,4 megawatts de energia, suficiente para abastecer 30.000 residências, em torno de 100 a 120 mil habitantes.

Caminho do biogás

A energia gerada pela usina de biogás do CGR Iguaçu é obtida a partir do gás metano liberado pelo lixo orgânico em decomposição. A matéria-prima é distribuída por mangueiras instaladas no aterro e derivada para dutos de captação do gás, onde passa por processo de filtragem, controle de temperatura e regulação para depois servir de combustível para os potentes motogeradores. “O gás queima e gira os pistões do motor. É um motor de locomotiva movido a gás. Tem o potencial de uma pequena central hidrelétrica”, explicou o engenheiro João Vitor.

A energia é gerada em alta tensão e em seguida vai até a subestação externa e de lá cai para baixa tensão e é distribuída pela Copel. “A energia fica disponível na rede e entra no mercado livre, para grandes consumidores”, explicou Vítor.

Geração de emprego e renda para Fazenda

Além de energia, o CGR Iguaçu também gera emprego para moradores de Fazenda Rio Grande. Dos 84 colaboradores, 70 são fazendenses. O município ainda se beneficia com recursos tributários, como IPTU e ISS. A Estre é a segunda maior fonte de receita de ISS do município, menor apenas que a Sumitomo. Estima-se que só de IPTU, a Prefeitura arrecade R$800 mil reais.

 

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