Fechado desde outubro de 2016, o Armazém da Família de Mandirituba volta a beneficiar 1.070 famílias do município localizado a 44 km de Curitiba. A reinauguração da unidade conveniada à Prefeitura foi nesta sexta-feira (16/3) e contou com a presença do vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, e do prefeito de Mandirituba, Luis Antônio Biscaia.
Com a retomada do convênio, a população de Mandirituba volta ter acesso aos gêneros alimentícios e itens de higiene e limpeza comercializados, em média, 30% mais baratos que no varejo.
Pimentel afirmou que, por determinação do prefeito Rafael Greca, toda a prefeitura da capital está empenhada em consolidar o Mercado Comum Metropolitano, fortalecendo a integração dos municípios da Grande Curitiba, por meio programa Pró-Metrópole. “Quando o prefeito assumiu a administração da capital, em 2017, apenas quatro convênios continuavam firmados. De lá para cá, retomamos parcerias com seis municípios vizinhos”, destacou.
O vice-prefeito lembrou ainda que, com a reabertura do Armazém da Família de Mandirituba, o programa administrado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Smab) passa a atender 58,1 mil famílias da Região Metropolitana. Entre os dez municípios conveniados ao programa, Almirante Tamandaré, Pinhais, São José dos Pinhais, Bocaiúva do Sul, Agudos do Sul e Mandirituba contam com unidades conveniadas próprias (administradas pelos municípios). Já os moradores de Campo Magro, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande e Campo Largo podem fazer compras nas 33 unidades instaladas em Curitiba.
Reivindicação
O prefeito de Mandirituba afirmou que, desde o ano passado, a população da cidade vinha pedindo a reabertura do Armazém da Família. “Fizemos um grande esforço para a retomada deste convênio, que exige uma contrapartida financeira do município, pois ter um Armazém da Família na cidade é muito importante para garantirmos à população de baixa renda o acesso a alimentos de qualidade e com preços mais acessíveis”, disse Biscaia.
A unidade está localizada no Centro de Mandirituba, anexa à Rodoviária. No mesmo local, estão sendo cadastradas as famílias atendidas. Moradores do município precisam ter renda de até dois salários mínimos para fazer as compras no Armazém da Família conveniado.
Morador do bairro Areia Branca dos Assis, o desempregado Antônio Satornino, 64 anos, foi um dos primeiros a fazer compras na unidade reaberta em Mandirituba. “Agora posso voltar a economizar, já que está realmente muito difícil pagar todas as contas e ainda comer”, contou ele.
A dona de casa Ivete Scaratti, 50 anos, também comemorou a volta do programa da Prefeitura de Curitiba para Mandirituba. “Para nós, foi muito ruim terem fechado o Armazém da Família em 2016. Meu marido morreu, tinha muitas dívidas e quase não sobrou dinheiro para comprar arroz e feijão lá pra casa”, recordou a viúva, que vive no Conjunto Barcelona, no Centro de Mandirituba.
Moradores de Fazenda querem reabertura do espaço
Os moradores de Fazenda Rio Grande esperam que assim como Mandirituba, o Armazém da Família seja reaberto na cidade. Fechado sem justificativa plausível durante a atual gestão do município, os fazendenses reivindicam em conversas pela cidade e nas redes sociais a volta do funcionamento do espaço. Por ora, os moradores continuam usando as unidades de Curitiba.
*Veja coluna Antenado publicada no ano passado que tratou do assunto do fechamento do Armazém da Família em Fazenda Rio Grande:
https://asemananews.com.br/2017/06/06/antenado-bastidores-da-politica-de-fazenda-rio-grande-e-no-brasil/
