Parque da Imigração Japonesa é restaurado e ganha Memorial do Rio Iguaçu

O Memorial do Rio Iguaçu, no Parque da Imigração Japonesa, que nas palavras do prefeito Rafael Greca fica no “local onde nasce o rio mais bonito da Terra, o rio que nasce onde nós nascemos”, é a partir do aniversário de 325 anos também um espaço a reforçar o olhar da cidade para o futuro, com a abertura de um centro de educação ambiental.

A área do parque, com 301,4 mil metros quadrados, foi oficialmente cedida pela Prefeitura de Curitiba à Sanepar nesta quinta-feira (29/3), em cerimônia que contou com a presença do prefeito e do governador Beto Richa e que marcou a reinauguração do espaço, cujo edifício central foi projetado pelo arquiteto Luiz Hayakawa.

O governador anunciou na ocasião mais R$ 283,65 milhões de investimentos da Sanepar em sistemas de água e de esgoto na capital.

História
“A poucos metros deste local nasce o manancial incrível de água e energia”, completou o prefeito, enfatizando a importância do Iguaçu.  “Os pioneiros japoneses, diz a tradição, se fixaram nas terras úmidas do Uberaba, perto do vale do Rio Iguaçu.”

Greca destacou um dos propósitos do memorial daqui para frente, que será o de educar a comunidade sobre o meio ambiente. “Ouçam aqui a voz do vento, aprendam as lições da chuva, contemplem o rio mais lindo do mundo, que nasce aqui e precisa chegar puro na sua gloriosa foz, nas cataratas”, afirmou.

O parque foi instalado em 2012 para celebrar o centenário da imigração japonesa, ocorrida em 2008, quando o espaço começou a ser projetado. O local, entretanto, foi abandonado pela gestão anterior e estava depreciado. “Nós resolvemos fazer tudo o que faz quem quer cuidar e conservar: ocupar o lugar com qualidade”, destacou Greca.

Greca agradeceu a parceria do governador e do diretor-presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, que permitiu a recuperação do memorial. E completou na língua guarani: “Co Yvy Oguereco Yara, essa tem terra tem dono e o dono é o povo curitibano”.

Espaço
Nesta etapa inicial, o parque já conta com três quilômetros da ciclovia e um campo de futebol oficial. O memorial tem sala multimídia e um auditório para 120 pessoas, onde serão promovidos cursos de capacitação para a comunidade, além de palestras e eventos voltados à temática ambiental.

Saneamento
O governador Beto Richa destacou no encontro a atuação da Sanepar. “Assumi o governo com o Paraná com índice de saneamento de 51%; passamos neste momento de 72%”, disse. “Saneamento básico é condição para combater as injustiças sociais”, completou, parafraseando o papa Francisco.

Para Richa, o novo espaço é “um presente aos curitibanos”, que pode ser aproveitado para práticas esportivas, lazer e, agora, também para educação.

“Graças a união do governador Richa e do prefeito Rafael Greca, em tempo recorde nós promovemos uma transformação nesse local”, comentou o diretor-presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche.

O cônsul-geral do Japão em Curitiba, Hajime Kimura, lembrou que Paraná é o segundo maior centro de descendentes nipônicos da América Latina, com cerca de 150 mil descendentes. “Essa obra é muito significativa para a comunidade japonesa, é um presente para Curitiba e para o Japão”, ressaltou Kimura.

Exposição
Greca e as demais autoridades visitaram uma exposição sobre o Rio Iguaçu feita por crianças atendidas no CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Ruth Cardoso. O projeto surgiu pelo programa da Secretaria Municipal da Educação, Linhas do Conhecimento, com intuito de mostrar à comunidade os cuidados tomados necessários com o rio.

A diretor do CMEI, Ligiane Marcelino, explicou que as crianças usaram tablets para fotografar e catalogar o despejo indevido de lixo no rio. “Depois disso, visitamos o Museu de História Natural do Capão da Imbuia e os Jardins do Mel para que as crianças pudessem conhecer a fauna e flor naturais da região” disse.

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