Os manifestantes pró-Lula acampados nas imediações da sede da Polícia Federal, em Curitiba deixaram o local na manhã desta terça-feira (17/04). A organização do movimento, a CUT e o Partido dos Trabalhadores (PT) assinaram ontem um termo de desocupação negociado com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e a Prefeitura de Curitiba. Eles se transferiram para um terreno particular, o qual foi alugado pelo movimento e que está localizado a 800 metros do prédio da PF, na Rua São João, esquina com Joaquim Nabuco, no bairro Santa Cândida.
O acordo foi cumprido depois de os moradores reclamarem dos transtornos provocados pela presença de quase 1000 pessoas acampadas em barracas no local. O Sindicato de Delegados da Polícia Federal já tinha se manifestado pela transferência de Lula, preso desde o último dia 7 na sede da PF, na capital paranaense por conta dessa movimentação do seguidores do ex-presidente que estariam afetando a normalidade dos trabalhos na PF. A Prefeitura de Curitiba no último fim de semana também solicitou a mudança do acampamento dos manifestantes para outro local da cidade.
Multa de R$500 mil
O juiz Jailton Juan Carlos Tontini, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Paraná, determinou que os manifestantes acampados nos arredores da sede da Polícia Federal, em Curitiba — onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso — deveriam pagar multa diária de R$ 500 mil caso descumpram ordem judicial de deixar a área. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (13/4).
Segundo Tontini, eles descumpriram ordem do juiz Ernani Mendes Silva Filho, do dia 8 de abril, para que parassem de transitar em determinados locais, impedir o livre trânsito área e montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade.
Os movimentos citados na decisão incluem tanto militantes pró-Lula como contrários: PT, Central Única dos Trabalhadores, Movimento Curitiba contra Corrupção, Movimento Brasil Livre e Movimento UFPR Livre. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, cerca de 500 pessoas estão acampadas no entorno do prédio da PF “causando transtornos e a precarização na prestação dos serviços públicos aos moradores pelo bloqueio às ruas”.
