Renascimento

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O Brasil está vivendo um momento singular. O rito de passagem para a maturidade. Sempre fomos conhecidos como um país do futuro. Agora o futuro chegou.

Os próximos três anos vão ser de grandes transformações. O crescimento das exportações será muito intenso. Com a Guerra de Trump e a quebra da safra argentina, o preço da soja subiu 40%. O que tornou a sua produção muito lucrativa no Brasil.

O Banco Central deixou o real se desvalorizar, parou de fazer intervenções no mercado de câmbio, o que tornou os produtos brasileiros muito atraentes no mercado internacional.

Os volumes de exportação de algumas commodities já são muito significativos. Já exportamos anualmente mais de 350 milhões de toneladas de minério de ferro. A soja vai ultrapassar 70 milhões de toneladas, o milho 30, neste ano.

São volumes bastante expressivos, o que obriga um grande esforço na construção de uma infraestrutura de exportação. A quantidade de portos ativos aumentou muito nos últimos anos. Paranaguá e Santos deixaram de ser os únicos portos de exportação de soja. Hoje existem mais de 10 portos que exportam soja e milho.

Vitória e São Luís exportam minério de ferro em grandes volumes. E têm uma infraestrutura de transporte invejável, com estradas de ferro excelentes. Algo que não existe nos outros portos. Ainda dependemos do transporte rodoviário para exportar.

Com o aumento do preço e da quantidade da soja e do milho exportados, fica muito atraente construir uma rede de estradas de ferro. O que vai ser feito em menos de cinco anos pelos chineses. Eles têm o interesse de uma segurança alimentar. E o Brasil é a única alternativa para as ameaças norte-americanas de boicote às exportações de alimentos.

Outra área que vai crescer muito é a produção de combustíveis: petróleo e álcool. A variação de preços nesta área é muito intensa. O petróleo já variou de 160 a 30 dólares nos últimos anos. Hoje está na faixa de 70 dólares, o que torna a produção de álcool no Brasil muito rentável. Tanto com cana-de-açúcar, quanto com milho. O que é uma grande novidade.

Com o real desvalorizado, até a produção industrial do Brasil passa ser atrativa. O que deve dar um grande alento à produção industrial brasileira e a redução do desemprego depois da maior recessão dos últimos 100 anos.

O Banco Central se sente confortável com a desvalorização do real. As nossas reservas em dólar estão acima de 350 bilhões e a inflação anual abaixo de 3%. Algo que nunca tivemos no passado. Qualquer corrida contra o real pode ser facilmente debelada.

O mais importante é o crescimento dos superávits da balança comercial. No ano passado o valor ficou por volta de 65 bilhões de dólares. Este ano deve ficar em torno de 90 bilhões. Algo que nem o Banco Central e nem os economistas suspeitam. A previsão mais otimista do mercado financeiro fala de 60 bilhões.

O segundo item dessa transformação será o resultado das próximas eleições em outubro. O quadro político brasileiro será totalmente renovado, como nunca se viu neste país. A crise do PT foi uma dura lição de como funcionava a política no Brasil. A corrupção era endêmica. Quadrilhas repartiam o dinheiro público. Agora a coisa mudou. Roubar ficou mais difícil e perigoso. Políticos e empresários desonestos estão muito mais medrosos. Ninguém imaginava que um dia no Brasil teríamos um ex-presidente preso por roubar dinheiro público. O Brasil mudou e o povo ainda não sabe quanto.

De uma enorme depressão, passaremos a uma grande euforia. Ainda continuamos a ser profundamente emocionais. A percepção de um futuro melhor contaminará o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, nos próximos meses. Desta vez não será mais carnaval e nem Copa do Mundo, será uma economia muito mais forte e igualitária.

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