Voto: direito ou obrigação?

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Por Agência Brasil 

As sociedades democráticas adotam o voto facultativo, vota quem quiser. Ou seja, o voto é um direito e não uma obrigação como é no Brasil. Hoje a multa por não ter votado é pequena. Mas ainda assim é uma punição. Para várias atividades, como tirar passaporte, é preciso estar com a obrigação do voto em dia. O que também é outra forma de punição.

Agora é uma ótima oportunidade para avaliar o que pensam os candidatos à deputado federal e senador. Se o voto for facultativo, a compra de votos deve ser bem menor. Só as pessoas com consciência política é que irão votar.

O pensamento atual, no meio político, é que o sistema eleitoral obriga as pessoas mais despreparadas, as que não tiveram muitas oportunidades de estudo, que são pouco informadas, que recebem as bolsas do governo, a votarem. Essas pessoas são mais facilmente manipuladas pela propaganda política, que muitas vezes chega a ser intimidadora, dizendo que quem não votar no partido X vai perder a bolsa família. Por mais absurdo que seja, esse tipo de intimidação funciona em alguns segmentos dos eleitores.

É fundamental que as pessoas mais preparadas, que não dependem das benesses do poder público, que pagam o descontrole dos gastos do governo, com aumento dos impostos, tenham a consciência da oportunidade de transformação das próximas eleições. Não dá para ficar alienado.

É preciso enriquecer o debate eleitoral. Sair dessa propaganda eleitoral que parece um capítulo de novela de televisão. Se os eleitores cobrarem as posições dos seus candidatos vamos conhecer a posição de cada candidato.

Outra questão polêmica é a privatização das empresas estatais. A Petrobras é o exemplo para todo o Brasil de uma empresa que foi usada de forma criminosa pelos políticos no poder. Afirmar que de agora em diante vai ser diferente, que os políticos estão mais cuidadosos ao roubarem o dinheiro público, pois com medo de ser pegos, e agora terão de enfrentar os juízes de primeira instância, tudo isso, é tentar tapar o sol com a peneira.

É preciso acabar com a corrupção na raiz. Acabar com esse mundaréu de empresas públicas que gastam de forma excessiva e geram grandes déficits. Com a privatização, o Estado Brasileiro vai se concentrar nas funções básicas: educação pública de qualidade, saúde de qualidade para todos e segurança pública.

Essa é a questão básica, não existe dinheiro para a educação porque ele é desviado para as empresas públicas, que fazem desvios para os políticos. Essa é a situação atual da política pública no Brasil. Reduzindo as empresas públicas, as oportunidades de corrupção também devem ser reduzidas.

Muitos dirão que existem corrupção na compra da merenda das escolas públicas. Isso é verdade e esse tipo de crime é muito mais frequente do que a população acredita. Só que tendo menos áreas propensas ao crime, por parte dos políticos no poder, a justiça poderá se concentrar nas áreas que envolvem a saúde, a educação e a segurança pública. O que vai melhorar muito a sua eficiência.

Hoje o roubo nas merendas públicas é de muito menor valor do que os desvios feitos na Petrobras. Lá a corrupção se mede aos bilhões de dólares. É evidente que os crimes de maiores valores chocam mais a sociedade, e isso faz mais pressão no poder judiciário.

Outra questão a ser abordada é o foro privilegiado que deve acabar. Simples assim. Hoje mais de 65 mil pessoas em cargos públicos têm foro privilegiado. Ou seja, não serão julgadas pelos crimes que cometerem. É só acompanhar os julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), para avaliar a ineficiência do atual sistema jurídico para quem tem o foro privilegiado.

A oportunidade é única. Conhecer em detalhes as posições dos políticos que vamos eleger. Os que forem eleitos nas próximas eleições terão a rara oportunidade de reformarem o Estado Brasileiro. As mazelas da organização atual são conhecidas de todos. Depende de cada eleitor a vontade de reformar o governo brasileiro através do seu voto e do acompanhamento dos seus candidatos eleitos.

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