Momento Atual

As transformações já começaram. No mundo, a Guerra do Trump está fora de controle. No Brasil, o PT se comporta de forma descontrolada. Grandes trocas do poder já começaram. Os velhos sistemas já estão dando os últimos suspiros. Só que os novos ainda não nasceram. Quem serão?

No Brasil os grandes vencedores estarão no agronegócio. A liderança na produção de soja é inquestionável. Com as tarifas que a China colocou na soja norte-americana, os preços em Chicago estão derretendo. Os agricultores norte-americanos estão em pânico. Com os preços atuais terão grandes prejuízos. O governo de lá já está acenando com subsídios. Mesmo assim as perdas serão grandes.

No Brasil ocorre o contrário. O preço da soja está nas alturas. As exportações vão muito bem, apesar do tabelamento dos fretes, que passou a ser mais uma lei que não pegou. Toda a bagunça da greve dos caminhoneiros não passou de uma agitação infantil. Não deu em nada. Vai faltar soja, os preços devem aumentar ainda mais. Os agricultores estão pensando em aumentar a produção de soja na próxima safra, estão fazendo as suas contas, vendo o que podem fazer com recursos próprios.

A comercialização da safra do ano que vem está devagar. As trades ainda não entraram para valer. Os bancos brasileiros ainda estão meio desconfiados. Mas os preços atuais são muito atraentes. O dólar está nas alturas e o Banco Central está atuando de forma muito comedida. Só controla os excessos. Parece que aceitou o patamar de 4 reais para o dólar.

Os fabricantes de equipamentos agrícolas estão entusiasmados. As encomendas aumentaram em torno de 30%, algo que conseguem atender sem muito desgaste. O desafio será se o aumento de colheitadeiras for muito grande. Mas isso só saberemos no final do ano. Até lá tem muito chão.

A produção de carros aumentou também ao redor de 30%, ninguém estava esperando uma recuperação tão boa. A capacidade ociosa no setor industrial é bastante grande, consegue absorver esse aumento sem muita dificuldade.

A principal notícia é compra da Embraer por parte da Boeing. Começam a sair os primeiros detalhes. A Airbus já está mostrando as suas garras e mostrando novas vendas no mercado norte-americano com preços de venda abaixo do custo. Os aviões da Bombardier, já com nomes da Airbus, serão produzidos nos Estados Unidos. O que impede que tarifas de importação sejam aplicadas. A guerra está declarada, os europeus vão continuar a estratégia da Bombardier de ver os aviões abaixo do custo no mercado norte-americano.

A Boeing precisa reagir rápido. O próximo passo é decidir se a produção da Embraer será feita nos Estados Unidos ou no Brasil. Para nós, é um ponto decisivo. Se for nos Estados Unidos, a Boeing vai demorar mais para reagir às provocações da Airbus, se for no Brasil, as respostas poderão ser mais rápidas e o Brasil vai assistir a um grande crescimento do seu parque aeronáutico.

Todas essas decisões de aumento da capacidade de produção vão ocorrer nos próximos meses. O que vai gerar grandes investimentos e aumento de empregos. O mercado financeiro ainda não percebeu as mudanças que estão ocorrendo, continua falando em crise e apertando o crédito. As pequenas empresas ainda continuam lambendo as suas feridas e cortando empregos. O cenário interno ainda é de poucas esperanças, apesar do aumento das vendas dos bens duráveis. O consumo na classe baixa continua caindo, pois, as pessoas continuam com medo de perderem o emprego.

No setor público as nuvens dos grandes cortes nas despesas começam a se formar. Não haverão aumentos nos salários no ano que vem. Os funcionários públicos se lembram dos períodos de congelamento de salários no Governo do FHC (Fernando Henrique Cardoso). Só que dessa vez além dos congelamentos ocorrerão grandes cortes nas empresas estatais. Muitas serão privatizadas. Só falta definir o novo presidente e os novos governadores. Eles precisarão agir rápido para tomar conta da situação. A era dos grandes privilégios no setor público terminou. Tudo vai ser diferente no ano que vem.

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