Juros futuros recuam com dólar

Por Silvana Rocha, Estadão Conteúdo

Os juros futuros operam em baixa na esteira do dólar fraco no exterior e ante o real nesta manhã de sexta-feira, 27. As taxas futuras de longo prazo bateram mínimas, reagindo ao Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA abaixo do esperado, mas no ritmo mais alto em quase quatro anos.

O PIB dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 4,1% no segundo trimestre de 2018, de acordo com a primeira estimativa do dado, publicada nesta sexta-feira pelo Departamento do Comércio. O avanço foi impulsionado por recuperação nos gastos do consumidor, nas exportações e no investimento empresarial firme.

O número veio abaixo do previsto por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que indicavam crescimento de 4,4%. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que previam avanço entre 3,2% e 5,2%, e levemente abaixo da mediana que apontava para crescimento de 4,2% à taxa anualizada entre abril e junho.

As exportações líquidas adicionaram 1,06 ponto porcentual à taxa de crescimento do PIB de 4,1% no trimestre, com as exportações subindo fortemente.

No início deste mês, o Departamento de Comércio informou que as exportações de soja dos EUA subiram no segundo trimestre, proporcionando um crescimento econômico extraordinário, mesmo quando a China transferiu grande parte de suas fontes para o Brasil em resposta ao agravamento das relações comerciais com os EUA. O avanço das exportações reflete os esforços por compradores para obter soja antes do início da taxa de 25% da China em retaliação sobre a soja dos EUA, que começou em 6 de julho.

Às 10h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 7,87%, ante 7,91% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava a 8,87%, na mínima, de 8,94% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 apontava 10,23%, também na mínima, de 10,30% no ajuste anterior. O dólar à vista cedia 0,48%, a R$ 3,7287. O dólar futuro de agosto recuava 0,49%, a R$ 3,7290.

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