Mulheres com idade entre 30 e 44 anos adiam queda populacional do Paraná

A Revisão 2018 da Projeção de População, divulgada na quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que a população do Paraná vai crescer dos atuais 11,3 milhões habitantes para 12,59 milhões em 2046, mas que vai começar a diminuir em 2047. O dado do IBGE representa um adiamento de sete anos no prazo projetado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para o começo da queda na taxa populacional do Estado.

Segundo estudo publicado pelo Ipardes, em 2016, a população do Paraná começaria a reduzir a partir de 2040. De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos Populacionais e Sociais Ipardes, Leonildo Pereira de Souza, o adiamento se deve a taxa de fecundidade das mulheres paranaenses entre 30 e 44 anos, que apresentou alta em relação às pesquisas anteriores feitas pelo Ipardes e pelo IBGE.

“O padrão é que mulheres jovens tenham mais filhos, o que vem ocorrendo no Estado. O que mudou é que, de acordo com as projeções, as mulheres paranaenses de 30 a 44 anos, que geralmente têm menores taxas de fecundidade, apresentaram tendência de crescimento. Isso ocorreu porque elas postergaram a gravidez, possivelmente para ter uma vida profissional e para estudar. É uma geração que adiou a maternidade”, disse Souza.

CENÁRIO – A projeção do IBGE é que em 2060 apenas 114, 8 mil pessoas vão nascer no Paraná – 29% menos do que a quantidade registrada em 2018. Na contramão à queda de nascimentos, o número de idosos no Estado vai crescer. Eles vão representar 27% de toda a população ao fim das próximas quatro décadas. A média do Brasil será de 25,5%.

BRASIL – De acordo com a revisão do IBGE, a população do País deve crescer até 2047, quando chegará a 233,2 milhões de pessoas. A partir de então, ela começara a cair, até chegar a 228,3 milhões em 2060. Nesse mesmo ano, um quarto da população terá deverá ter mais de 65 anos.

Em relação à taxa de fecundidade total, o número, que é de 1.77 em 2018, cairá para 1,66. Entre as unidades da federação, a maior taxa de fecundidade será de Roraima e a menor do Distrito Federal (1,50).

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