O certo e o errado num caso exemplar de racismo

(Foto: Reprodução / Trailer)
Por Luiz Carlos Merten, Estadão Conteúdo

O caso se tornou tão célebre que virou emblemático de um tipo de comportamento autoritário e racista da polícia militar em relação a jovens negros. Em 1987, em Porto Alegre, houve um assalto com tiroteio.

Um dos assaltantes foi preso e levado para o carro da Brigada Militar – um fusca. Um monte de gente se aglomerou para ver o que ocorria, inclusive um jovem negro, que sofria de epilepsia. Ele sofreu um ataque, caiu ao solo, os policiais o jogaram dentro do carro, não sem antes o cobrirem de socos. Ele chegou morto a tiros no hospital. Foi justiciado no caminho, mas a ação foi documentada por um repórter fotográfico.

Duas jovens negras – a diretora Camila de Moraes e a produtora Mariani Ferreira – demoraram oito anos para contar essa história no documentário O Caso do Homem Errado. O motivo – nenhuma empresa queria apoiar um filme sobre racismo e violência. O título ‘homem errado’ é porque o personagem, Júlio César, era trabalhador. E se fosse assaltante? Seria certo executá-lo? O filme é forte, política e esteticamente. Um dos melhores do ano

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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