Dólar à vista sobe a R$ 4,17 com quadro eleitoral e exterior

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Por Silvana Rocha, Estadão Conteúdo

O dólar volta a subir com força nesta quarta-feira, 29. Pesam a alta da moeda norte-americana no exterior em meio a ajustes após três quedas e expectativas pela segunda estimativa do PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos e mau humor dos investidores locais com um novo levantamento eleitoral, que reforça a possibilidade de uma segundo turno entre os candidatos do Partido dos Trabalhadores e o deputado Jair Bolsonaro (PSL), afirma o gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos.

Às 9h24, o dólar à vista subia 0,22%, a R$ 4,1461. Na máxima, registrou R$ 4,1646 – maior valor intraday desde os R$ 4,1725 registrados em 21 de janeiro de 2016 – quando o mercado reagiu à polêmica decisão do BC de manter a taxa Selic em 14,25% ao ano O dólar para setembro avançava a R$ 4,1460, após bater em máxima a R$ 4,1670.

Nesse contexto, o anúncio da realização na sexta-feira de dois leilões de linha de até US$ 2,15 bilhões para rolagem do vencimento de setembro fica em segundo plano. Há dúvida ainda sobre a rolagem do vencimento de swap de outubro (cerca de US$ 9,8 bilhões) e se o BC irá fazer intervenção adicional com swap ou linha.

No exterior, o dólar opera em alta ante maioria das moedas fortes, após três dias de fraqueza conduzida pelo alívio global diante do acordo comercial entre EUA e México e fala do presidente do Federal Reserve, na última sexta-feira. Entre os condutores que têm guiado a valorização nesta manhã está a expectativa com o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do segundo trimestre.

O euro segue penalizado conforme aumentam as preocupações de que o déficit público da Itália possa exceder o teto da União Europeia, que é de 3% do PIB. A exceção é a libra, que avança levemente, após relatos sobre possível extensão das conversas sobre o “Brexit”. Ainda assim, o índice do dólar DXY, que mensura a moeda dos EUA em relação a outras seis moedas fortes, subia 0,17%, a 94,878 pontos. O movimento mais acentuado ante moedas fortes é replicado em relação a divisas emergentes e ligadas a commodities, que recuam em bloco.

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