Comida caseira para cães e gatos II

Como fornecer adequadamente comida caseira para nossos animaizinhos?…

Há dois fatores principais a serem considerados antes de mais nada: a especialização genética do animal e a sua condição de saúde. Se seu animal tiver raça definida e alta performance, é necessário consultar um médico veterinário para saber como proceder. O mesmo se seu animal estiver enfrentando um quadro de alteração metabólica crônica, como diabetes, ou estiver passando por fase delicada, como prenhez ou uma doença na velhice. Nestes casos, será necessário acompanhar de perto a saúde do animal.

Animais sem raça definida costumam ser mais resistentes a desafios imunológicos e seu organismo tende a aproveitar melhor os nutrientes. Por isso, costumam nutrir-se melhor do que animais de raça, a partir de um mesmo alimento fornecido. No outro extremo estão os animais de alta performance, que, para exibirem todo o seu potencial, requerem maior quantidade de nutrientes e, portanto, alimentos mais concentrados e de rápida metabolização. Rações comerciais atendem a necessidades médias de determinados grupos de animais. Por isso, elas não conseguem atender a necessidades especiais, que exigem a complementação da alimentação do animal, quer com suplementos específicos prontos, em casos mais simples, quer preparando-se em casa os alimentos.

Como regra, é possível adotar-se a complementação parcial da alimentação fornecida com comida caseira, contanto que alguns cuidados básicos sejam observados, como evitar alimentos tóxicos para a espécie e não fornecer ossos pequenos, que possam “entalar na garganta” ou obstruir o intestino, nem frágeis, que possam ser quebrados e cujas lascas possam depois perfurar o animal internamente. A dieta mista de ração com comida caseira costuma ser muito apetitosa para o animal, além de mantê-lo acostumado a ração, o que facilita em caso de viagem da família, quando ele é confiado aos cuidados de outra pessoa, ou, se breve, a um “comedouro automático” (com compartimento reserva que completa o pote de ração conforme o animal come). Já o fornecimento de alimentação exclusivamente caseira requer um comprometimento muito maior da parte do tutor do animal, que precisa permanecer em casa e, mesmo assim, convém que pelo menos os minerais e as vitaminas sejam suplementados sinteticamente.

Uma dificuldade relatada por tutores é a necessidade de se preparar comida fresca, no mínimo uma vez ao dia, fornecendo-a em duas vezes distintas. Precisa-se preparar o alimento com antecedência, para que esteja em temperatura ambiente quando fornecido; se retirado da geladeira, deve ser amornado uniformemente. Como rotina, isso pode tornar-se difícil, pelo tempo que consome.

A formulação da dieta caseira deve sempre ser orientada por médico veterinário, preferencialmente especializado em nutrição, para que as necessidades do animal sejam devidamente atendidas e problemas crônicos não se instalem, quer pelo excesso, quer pela falta de nutrientes.

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