Renovação

Para quem não acreditava na renovação, o primeiro turno das eleições foi uma grande surpresa. Velhos políticos foram varridos do palco. A guinada para a direita foi surpreendente. Poucos da esquerda conseguiram se manter nos cargos eletivos.

No Senado a renovação foi mais profunda. Ele vai dar uma nova direção para a política brasileira. É um final de um ciclo da esquerda que começou em 1986, com a queda do Movimento de Militar de Março de 64. Foram mais de 30 anos de um inchaço do governo e crescimento econômico pífio.

A direção agora é a redução do tamanho do estado e melhoria dos serviços públicos. Logo o Brasil voltará a crescer acima de 7% ao ano. A privatização das estatais vai dar um grande impulso ao crescimento econômico. O espaço para iniciativa privada vai aumentar. As obras de infraestrutura serão retomadas. A taxa de desemprego vai cair. O Brasil vai se transformar, em pouco tempo, num canteiro de obras.

A Bolsa de Valores já iniciou um ciclo de grande crescimento. O real vai se valorizar. Por outro lado, as exportações ficarão mais difíceis. O ciclo produtivo vai ter que melhorar muito a sua eficiência. A competição com os produtos importados vai aumentar bastante. O poder aquisitivo da população vai melhorar. Tudo que antes era um sonho, logo vai se tornar realidade. Excessos serão cometidos.

Os funcionários públicos perderão grande parte dos seus benefícios. Os seus salários vão se aproximar aos da iniciativa privada. A quantidade de funcionários públicos deverá diminuir bastante. Muitos terão muita dificuldade de se readaptarem.

Esse ciclo de governos de direita deve durar pelo menos 20 anos, talvez até consiga atingir 30. Vai cometer excessos. E terá um fim. Um novo ciclo de esquerda deve sucedê-lo.

Ciclos e contraciclos são normais na estrutura política. É preciso compreendê-los. Os movimentos mais radicais pensam que podem ser eternos. A Alemanha Nazista não passou de 13 anos. O comunismo na União Soviética durou um pouco mais de 70 anos. O PT desejava permanecer eternamente no poder, não passou de 13 anos.

É preciso compreender essa lógica dos ciclos, de curta, de média e de longa duração. A duração de cada ciclo depende dos momentos históricos. Antes esses ciclos eram bem mais longos. As transformações ocorriam de forma mais espaçadas. Agora são rápidos, se tornaram mais curtos. As transformações sociais, tecnológicas e culturais estão se acelerando.

O Brasil vive um momento de grandes transformações. Somos uma nação jovem. Fruto da integração de várias culturas. O momento atual é a transição de um período de adolescência para o da maturidade. Vamos nos destacar entre as maiores nações do mundo.

O resto do mundo já nos veem como uma grande potência mundial. Já estamos entre as 10 maiores economias do mundo. Em menos de 20 anos, estaremos entre as 5 maiores. Só que a mentalidade média dos brasileiros o Brasil ainda é de ser uma colônia de Portugal.

O tamanho da população brasileira é 20 vezes maior do que a de Portugal. Ainda não nos libertamos desse sentimento colonial. As estruturas do governo brasileiro ainda pensam que devem atender aos mandos e desmandos dos reis de Portugal. Ser brasileiro é um demérito. Todo esse ranço de atraso deve ser varrido. Esse sentimento de inferioridade ainda é muito forte no nosso comportamento. Achamos que tudo que vem do estrangeiro é melhor.

Quando queremos dar importância a algo, colocamos nomes estrangeiros. No século XIX e no começo do século XX, os nomes franceses davam destaque ao que era importante. Após 2ª Guerra Mundial, passamos a admirar os Estados Unidos. E tudo que era importante ganhava nomes em inglês.

Finalmente vamos entrar num ciclo de valorização do nosso patrimônio cultural. O português falado no Brasil passará a ser uma língua de referência cultural, no mundo inteiro. Essa será uma marca do ciclo econômico, político e cultural que estamos adentrando.

O estado brasileiro deve se transformar. Perder esse inchaço. Reduzir o privilégio dos funcionários públicos e atender bem aos cidadãos brasileiros. Estamos iniciando um ciclo de profundas e grandes transformações. Ainda vamos ter orgulho de ser brasileiro.

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