Reajuste de 3% para servidores de Curitiba considera condição financeira do município

O reajuste salarial foi o principal tema de uma reunião na última quarta-feira (7/11) entre os secretários de Finanças, Vitor Puppi, e de Administração e Recursos Humanos, Heraldo Alves das Neves, com representantes sindicais e vereadores.

O secretário de Finanças destacou que o encontro foi importante para esclarecer dúvidas. “Explicamos as condições que a Prefeitura tem do ponto de vista orçamentário e fiscal e que hoje os 3% de reajuste para nossos servidores, dentro do contexto do Brasil, é um avanço. A União e vários Estados não deram reajuste, pelo contrário, estão parcelando dívidas de 2017 com servidores”, disse Puppi.

Segundo o secretário, Curitiba está mais equilibrada neste ano e tem condições de conceder o reajuste de forma responsável. “Acho que ficou claro na reunião que a pauta de Curitiba também é a valorização dos servidores por meio desses 3%”, acrescentou.

A reunião no salão nobre da Prefeitura foi um pedido da Câmara Municipal. Participaram da reunião o presidente da Câmara, Serginho do Posto, vereadores e lideranças sindicais do Sigmuc (guardas municipais), Sinfisco (auditores fiscais), Sismmac (magistério) e Sismuc (servidores).

Reajuste

A Prefeitura encaminhou à Câmara proposta de reajuste de 3% para os servidores referente à data-base de outubro. O impacto na folha de pagamento será de R$ 120 milhões em 2018 e 2019. O projeto tramita em regime de urgência na Câmara e deve ser votado até 19 de novembro.

“Os 3% é o que temos de espaço fiscal para dar de reajuste. E fizemos a análise dentro do Conselho de Gestão Fiscal”, disse o secretário de Recursos Humanos.

Durante a reunião, os secretários explicaram sobre as dificuldades encontradas no início da gestão e que o crescimento da arrecadação vem sendo direcionado para despesas obrigatórias do município. “Não estamos aqui para fazer caixa. É preciso lembrar que tivemos queda nos repasses de ICMS em pelo menos R$ 180 milhões e uma despesa que foi incorporada ao orçamento de R$ 320 milhões referentes à Previdência”, disse Puppi.

A questão das licenças-prêmio também foi tema da reunião e o secretário de Recursos Humanos explicou que a administração começou a pagar agora as referentes a agosto de 2013. As despesas com as licenças-prêmio somam R$ 30 milhões por ano. “Estamos estruturando uma forma para tratar disso e uma forma de pagar o que foi deixado pela gestão passada. A ideia é quitarmos de forma inteligente” acrescentou Puppi.

Também participaram da reunião Ary Gil Merchel Piovesan, presidente do IPMC (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Curitiba), e Luciana Varassin, superintendente de Recursos Humanos.

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