Hamilton diz que preferia ter provas extras em países com tradição na Fórmula 1

Por Estadão Conteúdo
O grupo norte-americano Liberty Media, que detém os direitos comerciais da Fórmula 1, anunciou na semana passada a inclusão de uma etapa da categoria em Hanói, no Vietnã, a partir da temporada de 2020. Esta decisão não agradou muito o inglês Lewis Hamilton, que conquistou em 2018 o seu quinto título mundial. O piloto da Mercedes afirmou que era melhor ter corridas extras em países com tradição no automobilismo.

“Nós temos muita história com automobilismo na Inglaterra, Alemanha, Itália… E agora os Estados Unidos estão crescendo. Mas nós só temos um evento por ano em cada um destes países. Se a Fórmula 1 fosse um negócio administrado por mim, eu tentaria fazer mais eventos nestes países”, disse o piloto em uma entrevista à rede de televisão inglesa BBC nesta quarta-feira.

“Eu já fui ao Vietnã e é lindo. Já corri na Índia e foi estranho porque a Índia é um país muito pobre e nós tínhamos um autódromo enorme no meio do nada. Eu senti um conflito muito grande dentro de mim quando fomos correr lá”, afirmou Hamilton, dando ainda outro exemplo. “Nós tínhamos o GP da Turquia e quase ninguém ia. Pista legal, fim de semana legal, mas pouco público”, completou

A ideia de Hamilton seria ter mais de uma corrida em países tradicionais da Europa. “Se tivéssemos o GP da Alemanha (em Hockenheim) e outro em Berlim, conectaríamos duas cidades com grande público. Isso seria bom, não necessariamente viajar a países em que as pessoas não conhecem tanto sobre a Fórmula 1. Se tivéssemos Silverstone (Inglaterra) e Londres, seria muito legal”, avaliou.

Desde os anos 2000, ainda sob o comando do empresário Bernie Ecclestone, a Fórmula 1 expandiu os seus horizontes e realizou etapas em vários países pelo mundo. São os casos de Malásia (entre 1999 e 2017), China (desde 2004), Bahrein (desde 2004), Turquia (entre 2005 e 2011), Cingapura (desde 2008), Abu Dabi (desde 2009), Coreia do Sul (entre 2010 e 2013), Índia (entre 2011 e 2013), Rússia (desde 2014) e Azerbaijão (desde 2016).

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