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Faróis do Saber em Curitiba têm atividades para todos os públicos. Veja quais são

Veja quais são. Farol do Saber Frei Miguel Bottacin, no bairro CIC, cursos de informática, mídias e redes sociais voltados à terceira idade. Foto: Divulgação

Todos os meses, os Faróis do Saber oferecem gratuitamente atividades de arte, literatura e música e aulas de idiomas, artesanato e de preparação para o mercado de trabalho. São cursos rápidos e ações culturais com opções para todos os públicos, de crianças a idosos.

Quem acompanhar a programação, disponível no portal Cidade do Conhecimento, vai encontrar uma opção que pode ser ao mesmo tempo divertida e atenda ao desenvolvimento pessoal.

Localizados nos bairros, os Faróis do Saber oferecem, perto das casas dos moradores, obras literárias e acesso gratuito à internet, além do incentivo à integração e convívio. “As atividades são planejadas, a partir das características locais, porém, contemplam bem as diversidades”, diz a gerente de Faróis do Saber, Christiane Martins.

Em novembro, por exemplo, as crianças têm à disposição rodas de leitura, teatro, piquenique literário, encontro com “bruxas” contadoras de histórias. Para adolescentes e jovens, algumas opções são as aulas de piano e violão, cinema, oficina de formatação e criação de currículo, dicas para jovens à procura do primeiro emprego.

Também há variedades para adultos e idosos, como palestras, exposições, tardes literárias, cursos de artesanato. Para participar, basta procurar a unidade e fazer a inscrição, que é gratuita, na opção desejada.

Horas de Arte

No Farol do Saber Aristides Vinholes, no Xaxim, um dos destaques é uma ação desenvolvida em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Vila São Pedro, para promover melhor qualidade de vida para idosos, a partir da literatura e da música.

Um exemplo foi o bate-papo sobre grandes nomes da Música Popular Brasileira realizado pelo professor de cinema e mestre em sociologia Nelson Bucker. A atividade retoma o Horas de Arte, uma matinê artístico-literária, lançada na cidade em 1914, para promover o aperfeiçoamento intelectual e cultural da sociedade da época.

Depois de 103 anos, a matinê se transforma em bate-papo, mantendo o nome Horas de Arte e ressignificando as obras de Andrade Muricy, Ernesto Barreto, Hugo Simas, Maria José Assumpção, entre outras personalidades culturais de Curitiba.

O objetivo do projeto, explica Bucker, é transportar, pelo encantamento da música, a outros lugares e tempos. “Diante de tantas mudanças e transformações propõe-se, por meio da literatura e da arte, com o apoio de literatos e artistas contemporâneos da nossa terra, resgatar os valores da atemporalidade da bela arte curitibana em todos os cantos da cidade”, diz.

O aposentado Jorge Souza Lima, 75 anos, contou que cuida da memória cantando. “Ao som da música Retrato, de Vicente Celestino, eu voltei a ter 15 quinze anos de idade. Tempo em que ouvir rádio era programa de família e a música tinha um contexto literário e histórico importante”, contou Lima.

Para o aposentado, um dos maiores problemas do envelhecimento é a perda de memória. “A música é uma das melhores soluções, pois temos que guardar as notas e as letras, é um exercício prazeroso”, disse.

Eloi de Freitas Castro, responsável por esse projeto no Cras, considera que as atividades promovidas no Farol do Saber tem sido fundamentais para o bem estar do grupo da terceira idade, já que estimula a manutenção da saúde, a interação e a inclusão social. “As atividades integram, além de funcionarem como um exercício cognitivo de grande valia aos idosos, tornando-os mais aptos e capazes a acomodação dos desafios do envelhecimento”, diz Castro.

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