Dólar recua 0,22% e fecha em R$ 3,91, interropendo sequência de cinco altas

Por Altamiro Silva Junior/Por Altamiro Silva Junior
Após cinco dias consecutivos de alta, o dólar chegou a engatar queda de quase 1% na manhã desta terça-feira, 11, recuando para R$ 3,88, embalado pelo avanço do diálogo comercial entre a China e os Estados Unidos e pela volta do Banco Central ao mercado por meio de leilões de linha (venda da moeda no mercado à vista com compromisso de recompra). Mas o movimento perdeu força na parte da tarde e a moeda americana acabou reduzindo o ritmo de perda e se aproximando da estabilidade, em meio a notícias negativas no mercado internacional. No final do dia, o dólar à vista terminou em queda de 0,22%, aos R$ 3,9138.

O bom humor dos investidores pela manhã, com as notícias sobre ligações telefônicas entre Washington e Pequim, foi substituído por um movimento de cautela na parte da tarde. A razão foi a ameaça do presidente Donald Trump de paralisar o governo caso o Congresso não incorpore no Orçamento recursos para a construção do muro na fronteira com o México. As bolsas em Nova York viraram e o dólar ampliou a alta ante moedas de países desenvolvidos e alguns emergentes mais vulneráveis, como Turquia e Argentina.

No mercado doméstico, o Banco Central, após ficar uma semana sem fazer novas operações de câmbio, fez dois leilões de linha, em um total de US$ 1 bilhão. O objetivo foi dar liquidez ao mercado, sobretudo por conta da maior pressão de compradores que precisam de dólar para remeter recursos para o exterior, demanda que costuma crescer em finais de ano. O economista e diretor executivo da NGO, Sidnei Nehme, acha que o BC poderia ser mais agressivo, ofertando algo como US$ 5 bilhões ou US$ 6 bilhões a mais em face ao aumento das posições vendidas dos bancos, que se ampliaram para US$ 12 bilhões. Desde o final de novembro, os leilões de linha do BC somaram US$ 6,25 bilhões, incluindo o desta terça.

Os investidores estrangeiros seguem cautelosos com o Brasil e, somente na segunda-feira, aumentaram a posição comprada no mercado futuro (dólar e cupom cambial) em US$ 700 milhões, segundo dados da B3. Com isso, o estoque total dessas posições, que apostam na alta da moeda, chegou a US$ 41,7 bilhões, um dos maiores níveis das últimas semanas. Estimativa da consultoria Capital Economics indicam que os estrangeiros podem retirar US$ 100 bilhões dos emergentes neste quarto trimestre, o pior nível desde a posse de Trump.

Para o economista-chefe do Santander, Maurício Molon, o ambiente externo deve seguir mais desafiador em 2019, pressionando o dólar. Ele projeta a moeda americana mais para a casa dos R$ 4,00 no ano que vem. No início do ano, porém, há chance de as cotações se aproximarem de R$ 3,80, por conta do movimento de reposicionamento dos investimentos nos mercados emergentes.

Após cinco dias consecutivos de alta, o dólar chegou a engatar queda de quase 1% na manhã desta terça-feira, 11, recuando para R$ 3,88, embalado pelo avanço do diálogo comercial entre a China e os Estados Unidos e pela volta do Banco Central ao mercado por meio de leilões de linha (venda da moeda no mercado à vista com compromisso de recompra). Mas o movimento perdeu força na parte da tarde e a moeda americana acabou reduzindo o ritmo de perda e se aproximando da estabilidade, em meio a notícias negativas no mercado internacional. No final do dia, o dólar à vista terminou em queda de 0,22%, aos R$ 3,9138.

O bom humor dos investidores pela manhã, com as notícias sobre ligações telefônicas entre Washington e Pequim, foi substituído por um movimento de cautela na parte da tarde. A razão foi a ameaça do presidente Donald Trump de paralisar o governo caso o Congresso não incorpore no Orçamento recursos para a construção do muro na fronteira com o México. As bolsas em Nova York viraram e o dólar ampliou a alta ante moedas de países desenvolvidos e alguns emergentes mais vulneráveis, como Turquia e Argentina.

No mercado doméstico, o Banco Central, após ficar uma semana sem fazer novas operações de câmbio, fez dois leilões de linha, em um total de US$ 1 bilhão. O objetivo foi dar liquidez ao mercado, sobretudo por conta da maior pressão de compradores que precisam de dólar para remeter recursos para o exterior, demanda que costuma crescer em finais de ano. O economista e diretor executivo da NGO, Sidnei Nehme, acha que o BC poderia ser mais agressivo, ofertando algo como US$ 5 bilhões ou US$ 6 bilhões a mais em face ao aumento das posições vendidas dos bancos, que se ampliaram para US$ 12 bilhões. Desde o final de novembro, os leilões de linha do BC somaram US$ 6,25 bilhões, incluindo o desta terça.

Os investidores estrangeiros seguem cautelosos com o Brasil e, somente na segunda-feira, aumentaram a posição comprada no mercado futuro (dólar e cupom cambial) em US$ 700 milhões, segundo dados da B3. Com isso, o estoque total dessas posições, que apostam na alta da moeda, chegou a US$ 41,7 bilhões, um dos maiores níveis das últimas semanas. Estimativa da consultoria Capital Economics indicam que os estrangeiros podem retirar US$ 100 bilhões dos emergentes neste quarto trimestre, o pior nível desde a posse de Trump.

Para o economista-chefe do Santander, Maurício Molon, o ambiente externo deve seguir mais desafiador em 2019, pressionando o dólar. Ele projeta a moeda americana mais para a casa dos R$ 4,00 no ano que vem. No início do ano, porém, há chance de as cotações se aproximarem de R$ 3,80, por conta do movimento de reposicionamento dos investimentos nos mercados emergentes.

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