“Não é um capricho, nem migalhas”, disse o opositor. “É uma necessidade. Se bloquearem a fronteira, abriremos um canal humanitário.”
A oposição pretende constranger o Exército a escolher entre seguir bancando Maduro ou ajudar a enfraquecê-lo permitindo a passagem de alimentos e remédios. Muitos dos oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que protegem a fronteira tem baixas patentes e também sofrem com a crise.
“O momento é agora. Não cometam o crime contra a humanidade de permitir a morte de 300 mil venezuelanos que necessitam de ajuda urgente”, disse Guaidó.
Ainda de acordo com o líder opositor, os voluntários terão como objetivo buscar a ajuda na Colômbia e distribuí-la de forma eficaz na Venezuela, com transparência e sem discriminação política.
Não está claro se o governo ordenará o fechamento da fronteira, como fez em 2015 após centenas de milhares de pessoas atravessarem para a Colômbia em busca de alimentos e remédios.
Na ocasião, a fronteira só foi reaberta após negociações entre os dois países. Também não há indícios de como o governo americano, que patrocina a entrega da ajuda, reagirá nesse cenário. Ainda de acordo com representantes da oposição, o volume de ajuda deve aumentar nos próximos dias. “Teremos um tsunami de ajuda humanitária”, disse o opositor Léster Toledo, que coordena a entrega da ajuda em Cúcuta. “Haverá um corredor humanitário formado por civis e militares.”
O governo de Maduro já afirmou que não permitirá a entrada de comida e remédios no país, que sofre há seis anos com a escassez e a hiperinflação, às vezes com falta de itens básicos como água, sabão e papel higiênico, por que a considera um pretexto para uma invasão americana.
“Não vamos permitir o show da ajuda humanitária falsa. Não somos mendigos. “, disse Maduro. “É um jogo macabro: nos congelam o dinheiro para nos pedir migalhas.” (Com agências internacionais)