Flamengo diz que espuma de contêineres não favorecia propagação de chamas

Foto: Reprodução TV Globo

Por Marcio Dolzan / Estadão Conteúdo

O Flamengo divulgou nota no fim da tarde deste domingo em que afirma que os contêineres, que pegaram fogo na madrugada de sexta-feira no CT do clube e causou a morte de dez jogadores da base, não continham material que favorecesse a propagação de chamas. O clube reiterou ainda que a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado – possível foco do início do incêndio – estavam com a manutenção em dia.

O comunicado informa que o clube carioca tem contrato de locação dos alojamentos com a empresa NHJ do Brasil, “que é reconhecida como pioneira e uma das líderes do mercado”. Segundo o Flamengo, representantes da NHJ estiveram na Gávea, sede do clube, na manhã deste domingo e “esclareceram que o poliuretano utilizado entre as chapas metálicas não é propagador de incêndios, por ter característica auto-extinguível”. O poliuretano é uma espécie de espuma que recheia as paredes dos contêineres.

Ainda segundo a nota, a empresa Colman Refrigeração LTDA realizou serviço de manutenção preventiva nos seis aparelhos de ar-condicionado instalados nos contêineres. O serviço, segundo o clube, foi realizado na terça-feira. No sábado, a informação era de que a manutenção teria ocorrido na quinta-feira, véspera do incêndio.

O clube carioca reiterou também que “independentemente de qualquer investigação, vem prestando todo o amparo às famílias dos atletas”. O Flamengo informou que assumiu o compromisso de manter a remuneração paga aos atletas vítimas do incêndio, “sem qualquer prejuízo de outras ações adicionais.”

“Estamos empenhados, prioritariamente, em amparar as famílias de forma material, moral e psicológica. Para além das questões legais está, obviamente, o bem-estar de todos. O Clube de Regatas do Flamengo não chegou a patamar de destaque no esporte mundial voltando as costas para seus atletas ou eximindo-se de responsabilidades. E a Nação Rubro-Negra reconhece isso”, escreveu o clube, no comunicado.

O incêndio causou dez mortes e deixou três feridos, um em estado mais grave, na madrugada de sexta, no Centro de Treinamento George Helal, mais conhecido como Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

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