O Congresso Reacionário

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Começou os embates entre o Congresso, que não quer fazer as reformas, e o governo Bolsonaro. As lideranças do Congresso estão claramente comprometidas com o Antigo Regime. Vão fazer todo o possível para atrasar as reformas, se possível não fazer reforma nenhuma.

Isto está evidente nas suas ações. O que os líderes falam é uma coisa. O que querem dizer é outra. É típico da velha ordem, se esconder atrás de declarações dúbias. Só que agora a opinião pública está acompanhando os passos dos líderes do Congresso. A cada ação ocorre uma avaliação. Não é só o governo que quer as reformas, é a maior parte da população. A pressão popular sobre os líderes do Congresso será muito forte.

A maior parte do Congresso quer as reformas, mas os seus líderes não. Os embates prometem ser bem duros. A velha ordem política não quer perder os seus privilégios. Mais do que isso, muitos parlamentares não querem ir para a cadeia. Vão se opor a toda reforma que facilite a ação da justiça. Ou seja, vão se opor, de forma descarada, às reformas propostas pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Não poderia ser diferente, o ser humano tende a se preservar das ações que tem medo. Uma parte significativa dos congressistas está com o medo de ser presa. O ex-presidente Lula é um duro exemplo. Os tempos mudaram, mas o Congresso ainda não mudou.

Os próximos meses prometem. O enfretamento do Congresso às reformas propostas pelo governo será duro. Só que a opinião pública está do lado do governo. A imprensa, na sua grande maioria, está do lado do Congresso, está comprometida com a velha ordem econômica de viver à sombra das benesses do poder público. Sem essas receitas, muitas empresas simplesmente não sobreviverão.

O momento atual lembra muito o governo Juscelino Kubistchek. Juscelino queria construir Brasília, mas a velha ordem política e econômica não. Quase toda a imprensa caia de pau em cima do seu governo. A cada casca de banana Juscelino se desvencilhava. Com muita fibra construiu Brasília e mudou a capital para o interior de Goiás.

Hoje a nação reconhece Juscelino como um dos melhores presidentes que o Brasil já teve. Mas poucos conhecem a dificuldade que ele enfrentou, por parte da imprensa e boa parte do Congresso. As reformas que propôs foram duramente atacadas. Mas ele foi em frente seguindo as suas intuições.

Com o governo Bolsonaro não será diferente. Existe no Congresso e mesmo nas lideranças empresariais uma grande quantidade de pessoas comprometidas com os governos dos últimos 30 anos. Elas se sentem ameaçadas com as reformas propostas pelo governo Bolsonaro. Vão lutar muito para elas não acontecerem.

O lado bom desta crise é que ficará evidente quem não quer as reformas. As ações vão revelar as intenções das pessoas, e todo o mundo vai ficar sabendo. A opinião pública vai massacrar os reacionários. Isso já começa a ser visto com os antigos líderes petistas. Eles não conseguem mais sair em público, mesmo no exterior. São reconhecidos e agredidos verbalmente. O mesmo já acontece com alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que perderam totalmente a credibilidade.

O Brasil mudou, mas algumas lideranças ainda não. Elas estão em desacordo com a mentalidade atual da população, que não acredita mais nas velhas mentiras. Esses líderes se sentirão nus. Foram desmascarados e não sabem o que fazer. Procuram apoio na imprensa para lhes dar guarida. E acreditam que isso é suficiente para abrigá-los. Estão enganados. A dura realidade é que o tempo deles já passou. Estão em desacordo com a mentalidade reinante. Foram ultrapassados pelos fatos.

O Congresso atual é como a BR-163, de tempos em tempos produz grandes atoleiros. É preciso vencê-los para o Brasil avançar. Vamos ver se o governo Bolsonaro consegue asfaltar mais essa estrada, que há 30 anos está atrasando o desenvolvimento do Brasil.

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