Passado não pode ser esquecido, diz Bolsonaro, em visita a memorial do Holocausto

Foto: Alan Santos/PR

Por Celia Froufe e Cristiano Dias, Enviados Especiais / Estadão Conteúdo

“Aquele que esquece seu passado está condenado a não ter futuro”. Foi com esta frase, que disse ser de autoria própria – mas que parece variação do original “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”, do filósofo e ensaísta espanhol George Santayana -, que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, marcou sua passagem durante visita a Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém.

O museu é um local de tributo aos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas durante o Holocausto. No local, ele também citou uma passagem da Bíblia e disse estar tocado.

Bolsonaro fez o curto pronunciamento após assinar o livro de visitantes.

Antes, ele participou de uma cerimônia no Hall da Memória, que contou com o coro infantil Ankor. O presidente acionou a alavanca que ativa a Chama Eterna e, em seguida, bateu continência.

No chão, há o nome dos principais campos de extermínio.

Bolsonaro também depositou uma coroa de flores no local e fez um minuto de silêncio. Ao final, houve uma oração.

Protesto

Enquanto Bolsonaro participava de uma cerimônia fechada a imprensa antes de plantar uma oliveira no Bosque das Nações, em Jerusalém, duas pessoas mostravam ao longe cartazes para a imprensa com dizeres em português “proteger a Amazônia” e “tolerância entre humanos e natureza”. Eles são israelenses.

Com a aproximação de jornalistas, a policia pediu a retirada dos manifestantes. O plantio da muda no bosque é um protocolo das visitas de chefes de Estado ou de governo ao local.

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