A Pressão no Congresso

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Parece que afinal o governo Bolsonaro acordou. Começou a colocar um monte de propostas de reformas no Congresso para serem votadas. Antes a estratégia é só tratar da Reforma da Previdência, deixando tudo o mais de lado. Não funcionou.

A maioria do Congresso não quer votar as reformas, agora está evidente. Não quer perder os privilégios. Vai tentar adiar tudo que for possível até o último minuto, como foi no impeachment da ex-presidente Dilma. Só votou quando a pressão popular se tornou insuportável.

Agora não será diferente. O caminho é esse. Colocar todas as reformas na pauta dos congressistas e assistir a sua fuga na hora de tomar decisão. Todos os olhos dos brasileiros agora se voltam para o Congresso. Qualquer reunião tem o seu público nas redes sociais. Boa parte dos brasileiros começam a se interessar pelo que acontece no Congresso. A pressão para a votação das reformas vai aumentar bastante, até os congressistas se sentirem acuados.

Os congressistas resistem pouco à pressão popular, mesmo porque no próximo ano teremos eleições de prefeitos e vereadores. Todos estão de olho nestas eleições. O deputado Bolsonaro se elegeu presidente contra todas as previsões. Enfrentou as mídias tradicionais e se elegeu porque se comunicou com o grande público através das redes sociais. Quem aparecer nas redes sociais se opondo às reformas terá poucas chances de participar nas próximas eleições regionais.

O governo fechou a chave do cofre, sem dinheiro é muito difícil se reeleger. A proposta do governo é clara: sem a votação das propostas de reforma não haverá recursos para investimentos e mesmo para cobrir os déficits de muitos estados e municípios.

Com a redução dos repasses da União para os estados e municípios as contas do governo melhoram, o que vai na direção do acerto das contas públicas e é ótimo para o Brasil. E isso poucos estão vendo.

Quanto mais o Congresso resiste em aprovar as reformas que o governo propôs, mais elas se tornam inevitáveis. Só com o impasse, o gasto do governo se reduz e mais evidente fica a posição do Congresso, que não quer mudanças, quer só manter os seus privilégios. Aos poucos a população vai descobrindo isso e ficando chocada. Os relatos do comportamento dos congressistas são colocados de forma escancarada nas redes sociais.

Algo muito parecido aconteceu com os sindicatos. Eles não queriam que a obrigatoriedade da contribuição sindical caísse. Todas as propostas eram rejeitadas no Congresso, até que a pressão popular foi muito forte e não deu mais para sustentar. E hoje os sindicatos estão lutando para sobreviver. Hoje com a contribuição sindical facultativa a sua receita caiu a menos de 10% que era antes. Muito poucos brasileiros querem pagar contribuição sindical.

A pressão popular vai fazer as reformas no país. Bolsonaro só está navegando nessa vontade popular. O que ele consegue fazer muito bem é colocar de forma clara a posição dos seus opositores nas redes sociais.

E isso é o que a população quer ver e ouvir: quem está contra as reformas do país. É evidente que o Brasil tem um grande potencial de crescimento. Hoje o Congresso Nacional está contra esse crescimento. O desgaste da sua credibilidade é muito grande. O abuso no gasto dos recursos públicos é enorme e agora está evidente através das redes sociais.  Não vai mais dar para segurar as reformas.

É uma agonia anunciada. Tudo que o Congresso está fazendo agora é só tentando ganhar tempo. Só que tempo é algo que ele não tem mais. A pressão social está muito grande. Cada passo que o Congresso dá é muito anunciado, divulgado e avaliado.

As reformas vão passar no Congresso com a velocidade impressionante. Quando isso acontecer o Brasil mudou, tudo será diferente.

 

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