Mercado Municipal de Curitiba terá Banco de Alimentos para doação a pessoas carentes

Curitiba será a primeira cidade do Brasil a ter um Banco de Alimentos dentro do Mercado Municipal. O projeto de coleta de produtos não vendidos pelos comerciantes do mercado foi apresentado ao prefeito em exercício, Eduardo Pimentel, nesta sexta-feira (26/4), durante um dia de visitas a estabelecimentos de segurança alimentar do município.

“O primeiro Mercado Municipal do país a ter um setor de orgânicos também será pioneiro nacionalmente ao fortalecer a segurança alimentar de segmentos mais carentes, com a doação de frutas e verduras que não servem mais para o comércio, mas que permanecem adequados ao consumo”, destacou Pimentel, ao parabenizar a iniciativa da Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal de Curitiba (Ascesme), que será responsável pela implantação do local, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Smab) e outras entidades.

O Banco de Alimentos irá ocupar um imóvel de 120 metros quadrados, na Rua da Paz, dentro do complexo do Mercado Municipal. No espaço, haverá uma área separação e higienização dos alimentos recolhidos, um setor climatizado para acondicionamento das frutas e verduras que serão distribuídas a entidades cadastradas e também um local para descarte dos resíduos que, realmente, são lixo e não poderão ser consumidos.

A previsão do presidente da Ascesme, Mario Shiguemitu Yamasaki, é que o Banco de Alimentos do Mercado Municipal comece a funcionar no segundo semestre de 2019. “Nossa intenção é que os produtos que ainda são próprios para consumo não sejam destinados ao lixo”, reforçou ele.

Mensalmente, deverão ser doadas 15 toneladas de alimentos a 150 entidades sociais, beneficiando cerca de 15 mil pessoas carentes.

Missão

O secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Luiz Gusi, salientou que a parceria da Ascesme com a secretaria segue a missão da Prefeitura de reduzir o desperdício e promover o aproveitamento integral dos alimentos. “Precisamos entender que alimento não é lixo. Não podemos jogar comida fora enquanto tanta gente passa fome”, comentou.

Gusi afirmou que a implantação do Banco de Alimentos do Mercado Municipal irá envolver outras instituições parceiras, como o programa Mesa Brasil do Sesc, que destina alimentos com algum tipo de “machucadinho” coletado nos Sacolões da Família a instituições filantrópicas de Curitiba; e também universidades da capital, que ficarão responsáveis pela capacitação da equipe que fará a coleta e seleção dos alimentos do banco.

Além disso, produtos não vendidos por comerciantes do Mercado Regional Cajuru serão enviados para o Banco de Alimentos administrado pela Ascesme.


Fazenda Urbana deve ser inaugurada até dezembro no Cajuru

Após ir ao Mercado Municipal e conhecer o projeto do Banco de Alimentos, o prefeito em exercício visitou, nesta sexta-feira (26/4), o Mercado Regional Cajuru e o Centro de Distribuição dos Armazéns da Família, localizado no mesmo bairro. “O programa Armazém da Família é referência nacional em segurança alimentar, ao oferecer alimentos com preço 30% mais baratos que no varejo”, recordou Pimentel, ao percorreu o gigantesco barracão responsável pelo recebimento e entrega das 50 mil toneladas/ano de alimentos e itens de higiene e limpeza que são comercializadas nas 33 unidades da Prefeitura.

A programação de visitas foi encerrada com vistoria dos trabalhos de terraplenagem da Fazenda Urbana de Curitiba, que será inaugurada até o fim do ano. Projetada para ocupar uma área de 4.435m², ao lado do Mercado Regional Cajuru, o espaço irá reunir o que há de mais moderno em modelos de plantio e uso de energias renováveis – eólica e solar e reaproveitamento de água de chuva para a irrigação – e bioenergia. “As pessoas vão poder conhecer como se planta sem veneno e comprar alimentos orgânicos direto da fonte”, previu Pimentel.

Acompanharam o dia de visitas os vereadores Oscalino do Povo e Serginho do Posto; a coordenadora do programa Mesa Brasil do Sesc e presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba (Consea Curitiba), Fernanda Hardt Kehl; e o presidente da Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Regional Cajuru (Acemerc), João Evangelista de Lima.

 

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