Gasolina sobe 3,29% no IPCA-15 de maio e gera maior impacto individual no índice

Por Vinicius Neder / Estadão Conteúdo

A gasolina segue como vilã da inflação, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de maio, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isoladamente, a gasolina foi o item com maior impacto de alta no índice, com 0,14 ponto porcentual (p.p.), após os preços médios dos combustíveis avançarem 3,29%.

Com isso, o subgrupo “Combustíveis” avançou 3,30% no IPCA-15 de maio. Para isso, contribuiu a alta de 4,00% no etanol (0,04 p.p. de impacto positivo no índice cheio, que foi de 0,35%).

O grupo Transportes foi destaque de alta ainda porque o item “ônibus urbanos” subiu 0,54%. Segundo o IBGE, houve reajustes de 8,11% (desde 2 de abril) em Salvador (4,74%), e de 7,50% (desde 19 de abril) em Goiânia (6,25%).

O ônibus intermunicipal avançou 0,33% no IPCA-15 de maio, na esteira dos reajustes entre 3,30% e 7,50% em Salvador (2,05%), em vigor desde 6 de maio.

Já o item metrô subiu 1,02%, diante do reajuste de 6,98% na tarifa no Rio de Janeiro (4,07%) a partir de 2 de abril.

Ainda nos preços administrados, a conta de luz e o gás de botijão foram destaques no grupo Habitação, que avançou 0,55% no IPCA-15 de maio. O item energia elétrica subiu 0,72% em maio, acima do registrado em abril (0,58%).

O IBGE lembrou, em nota, que a bandeira tarifária amarela, em vigor desde 1º de maio, inclui a cobrança adicional de R$ 0,01 por kWh consumido.

O gás de botijão subiu 0,89%, após a Petrobras reajustar o preço em 3,43% nas refinarias, a partir de 5 de maio. Na contramão, o gás encanado recuou 0,37%, reflexo, segundo o IBGE, da redução média de 1,40% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,71%), desde 1º de maio.

Ainda no grupo Habitação, houve alta de 0,43% na taxa de água e esgoto. Conforme o IBGE, houve reajustes de 4,72% em São Paulo (0,73%), em vigor desde 11 de maio; de 2,99% em Brasília (1,69%), desde 1º de abril e de 15,86% em Fortaleza (4,07%), a partir de 24 de março.

Passagem aérea na outra ponta

O maior impacto negativo no IPCA-15 de maio, contribuindo para a desaceleração ante abril, veio do item passagens aéreas, com deflação de 21,78%.

Sozinho, o item tirou 0,09 ponto porcentual do índice cheio. Com isso, evitou uma inflação maior no grupo Transportes, que avançou 0,65%, com impacto de 0,12 p.p. no IPCA-15 de maio – maior impacto de alta, ao lado do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, também com 0,12 p.p.

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