Finalmente o Congresso se move

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Foto: Divulgação

De repente as coisas começaram a mudar em Brasília. O que há algum tempo parecia impossível, agora está acontecendo. A proposta do governo de Reforma da Previdência começa a andar na Câmara dos Deputados. Ainda não chegou ao plenário, para as duas votações. Ainda está na fase de avaliação na comissão, mas está avançando. É muito provável que sofra algumas alterações. O próprio governo estava preparado para isso. Esse sinal mudou o mercado financeiro. O dólar caiu e a Bolsa subiu.
Aprovada a Reforma da Previdência, quais serão os próximos passos?
Seguindo a linha de raciocínio do Ministro da Economia Paulo Guedes, o objetivo agora é reduzir a dívida pública para reduzir a conta com gastos com juros. A segunda conta em tamanho depois das despesas com a Previdência. Uma maneira de fazer isso rapidamente é vender os ativos do governo. Na realidade isso já está acontecendo, meio a conta-gotas. A ordem agora é acelerar a venda dos ativos.
Ações e concessões são mais fáceis. Existe uma burocracia, mas ela é bem conhecida pelo mercado financeiro. A maior oportunidade é a venda da exploração de poços no pré-sal, que deve ocorrer no segundo semestre. O governo acredita que pode chegar a 100 bilhões de reais. Se o governo conseguir esse valor num só leilão será um marco para o caixa. As contas de 2019 melhorarão sensivelmente.
A escolha do Ministro é para ações de vulto, pois são elas que dão mais resultado e mandam uma mensagem bem direta para o mercado financeiro e para a população. No entanto, pequenas ações não são abandonadas. Elas são executas, mas não muito divulgadas. A soma das novas ações compõe um novo cenário para a economia, que já foi percebido por vários grupos econômicos, nacionais e estrangeiros. Que começaram a destravar investimentos no Brasil.
Esses anúncios são feitos a todo o momento nas mídias especializadas. Eles provocam o efeito de uma bola de neve. Outras empresas se animam a destravar também os seus investimentos. O que ocorrerão num prazo de dois a cinco anos.
A geração de emprego vai demorar um pouco mais, de três a sete anos. Ou seja, no momento da reeleição do Bolsonaro, 2022. Essa é a pauta oculta do Congresso, como conter a reeleição do Bolsonaro? Esse é o objetivo da maioria dos congressistas, se manter no poder o máximo possível.
As mídias sociais embaralharam o jogo. Antes grandes investimentos em propaganda eram suficientes. Existia um grupo de marqueteiros que só se dedicava ao marketing político. Hoje eles estão desempregados e parte da mídia tradicional sem as receitas das campanhas políticas. Várias organizações de comunicação vão desaparecer, outras reduzir muito o seu tamanho. É uma nova realidade.
Muitos achavam que o Congresso não moveria uma palha para apoiar as reformas do Governo Bolsonaro. Agora a aposta é tentar ao máximo que as reformas tomem uma velocidade. As mídias sociais vão aumentar seu papel. Todas as ações de retardo das reformas serão noticiadas, e os seus executores denunciados. A pressão sobre o Congresso deve aumentar. Boa parte dos congressistas espera que ela diminua. Era assim no passado. O comportamento do povo era muito passivo e regulado pela propaganda nas mídias tradicionais. Essa realidade mudou.
A nova geração quer ter um papel ativo na construção do novo Brasil. É ela que está nas redes sociais fazendo o Congresso andar.

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