(EBC) Durante cerca de uma hora com a juventude de Moçambique, o papa conseguiu conhecer um pouco da realidade local das diferentes confissões religiosas que se apresentaram, através da arte do canto e de coreografias especiais, demonstrando diferentes temas e motivos de preocupação dos jovens do país. Um hino comum às denominações religiosas também foi interpretado na ocasião que precedeu o discurso do pontífice.
Em sua mensagem, o papa Francisco disse: “O que pode haver de mais importante para um pastor do que estar com os seus? O que há de mais importante para um pastor do que encontrar-se com os seus jovens? Vocês são importantes! Precisam saber disso, precisam acreditar nisso: vocês são importantes! Porque não são apenas o futuro de Moçambique ou da Igreja e da humanidade; vocês são o presente! Com tudo o que são e fazem, já estão contribuindo para ele com o melhor que hoje podem dar. Sem o entusiasmo de vocês, dos cânticos, da alegria de viver, o que seria desta terra? Vê-los cantar, sorrir, dançar, no meio de todas as dificuldades em que vivem é o melhor sinal de que vocês, jovens, são a alegria desta terra, a alegria de hoje.”
O papa iniciou o discurso enaltecendo a expressão tão autêntica da alegria que caracteriza o povo de Moçambique. Segundo ele, a “alegria reconcilia e se torna o melhor antídoto capaz de desmentir todos aqueles que querem dividir, fragmentar ou contrapor”.
A presença das diferentes confissões religiosas no local, também elogiada pelo pontífice, demonstrou a união familiar através do “desafio da paz”, da esperança e da reconciliação. Com essa experiência, disse ele, é possível perceber que “todos são necessários”: “com as nossas diferenças, mas necessários”.
E acrescentou: “Vocês, jovens, caminham com dois pés como os adultos, mas, ao contrário dos adultos que os mantêm paralelos, vocês colocam um atrás do outro, pronto a arrancar, a partir. Vocês têm tanta força, são capazes de olhar com tanta esperança! São uma promessa de vida, que traz em si um certo grau de tenacidade, que não devem perder nem deixar que lhe roubem. ”
Esperança
O papa procurou responder a duas perguntas feitas pelos jovens sobre como realizar os sonhos da juventude e contribuir para solucionar os problemas que afligem o país. A indicação do pontífice veio do próprio caminho de riqueza cultural apresentado pelos jovens, através da arte, uma expressão “de parte dos sonhos e realidades”, sempre regada de esperança, mas também de ilusões. Além disso, o papa voltou a insistir com os jovens para não deixarem que “roubem a sua alegria”, para não deixarem de cantar e se expressarem conforme as tradições locais.