Mudanças

Tudo está mudando tão rápido que está difícil acompanhar. A todo momento aparecem coisas novas. A crise está em todas as partes do mundo, não só no Brasil. Isso é importante compreender. As transformações são mundiais.
O que aparece nas mídias tradicionais é só parte do que está ocorrendo. As redes sociais são mais abertas e mostram mais. Só que nem tudo vem a público ao mesmo tempo. Muitas coisas vão demorar para aparecer.
O sentimento de incerteza é muito grande. É difícil se adaptar nesse ambiente de mudanças contínuas. Esse é o atual desafio.
Neste cenário o país está saindo de um papel acessório, para ser um agente de transformações. Agora as ações do governo brasileiro são duramente criticadas no mundo inteiro. Principalmente pelos países que estão perdendo espaço.
Só que estas críticas estão provocando grandes reações no Brasil, muitas delas são muito produtivas, outras nem tanto. Antes o Brasil estava de lado, só assistia o que as nações mais desenvolvidas faziam. Agora faz parte do jogo, muitas nações não aceitam esse novo papel do Brasil no cenário mundial.
Essa transformação começou com a queda do PT. O país se deu conta da situação crítica que tinha se metido. Os 30 anos de governos de esquerda fizeram um grande estrago na economia e na estrutura do Estado.
Um segundo impulso foi a Guerra de Trump com os chineses. Eles vieram com muito apetite comprar soja. E por incrível que pareça o Brasil deu conta do recado. No ano passado entregamos 84 milhões de toneladas de soja no mercado mundial, 80% foram para os chineses. Isso foi um marco. Ninguém esperava isso do Brasil. Foi um divisor de águas. O Brasil mostrou praticamente que era uma alternativa aos Estados Unidos, no fornecimento de grãos e carnes.
Hoje o país é referência mundial. Novos mercados começam a se abrir. Nenhum país, que importa alimentos, pode desprezar o Brasil. Por outro lado, fornecedores tradicionais do mercado agrícola se sentiram ameaçados. Um bom exemplo é a França. Que exporta muitos produtos alimentares, só que precisa muito dos subsídios da Comunidade Econômica Europeia. Sem esses subsídios não consegue sobreviver. A integração Mercosul com a Comunidade Econômica Europeia é uma séria ameaça à agricultura e à pecuária francesa.
Os ataques do presidente francês, Emmanuel Macron, à Amazônia Brasileira se encaixam nesse ponto. Só que a reação do presidente Bolsonaro foi rápida e direta. A soberania da Amazônia Brasileira não está em discursão. Só falar não adianta nada é preciso defender de fato a Amazônia.
Agora vem a parte mais difícil, o Brasil não cuida mesmo da Amazônia. As reservas florestais são invadidas e depredadas por invasores, que visam a extração dos recursos naturais. Os órgãos dos governos – federal, estaduais e municipais – simplesmente não funcionam, ou quando funcionam é de forma precária.
É preciso aparelhar os órgãos de fiscalização. A participação das Forças Armadas e da Polícia Federal dão maior credibilidade à fiscalização na Amazônia. Mas mesmo elas precisam ser mais bem aparelhadas.
Agora o quebra-cabeça começa a se encaixar. As Forças Armadas já estavam implementando planos de defesa da Amazônia. Por exemplo, o Exército montou uma grande rede de unidades operacionais dentro da Amazônia. A Aeronáutica construiu uma grande rede de aeroportos com pistas asfaltadas, que permitem a operação de uma grande gama de aviões. O primeiro cargueiro KC-390 foi entregue pela Embraer à Aeronáutica. O pedido total são 28 aparelhos. Esse avião pode combater incêndios.
Fazer a máquina pública funcionar na Amazônia foi colocada nas mãos do Exército Brasileiro. Antes ele tinha uma missão bem restrita, defender a área de forças invasoras. Com o discurso do presidente francês as preocupações aumentaram. A Guiana Francesa é território francês, não é uma colônia. O Exército Francês é muito bem equipado e treinado. Era um oponente para o qual os brasileiros não estavam preparados. O primeiro caça Gripen, de um total e 36, chega no final do ano. Os primeiros serão produzidos na Suécia, mas no próximo ano a produção já começa a ser feita no Brasil. É um avião de caça que pode fazer frente aos Rafales franceses.
A missão das Forças Armadas Brasileiras ficou muito mais complicada com essa inserção do Brasil no cenário mundial com potência de primeira grandeza. Esse só é mais um desafio, muitos outros virão. Um novo Brasil começa a ser construído.

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