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Guarda Municipal faz amizade boa pra cachorro na Rua da Cidadania

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Foto: Levy Ferreira/SMCS

Já faz um ano e meio que as rondas do guarda municipal Edson Vicente ganharam companhia da Marina. Ela é uma cachorra sem raça que adotou a Rua da Cidadania do Boqueirão como sua segunda casa. A cadelinha não é uma legítima cã da guarda, é verdade, mas escolheu o profissional para entregar sua fidelidade e os dois construíram um bela amizade.

Marina é conhecida de todos na Rua da Cidadania, ganha afagos, ração e petiscos de servidores de vários Núcleos Regionais, mas se afeiçoou mesmo ao guarda Vicente.

A escadaria em frente à sede do Núcleo da Defesa Civil é o ponto favorito de descanso da cachorra, de onde fica de olho no guarda quando ele não está na ronda.

“Quando ela chegou, estava meio arisca, mas depois que comecei a fazer um pouco de carinho, se afeiçoou, e agora é isso. Gosto muito de animais e acho que ela percebeu isso”, conta o guarda Vicente.

A rotina segue de segunda à sexta-feira. Só volta para sua casa aos finais de semana, onde mantém vínculo com seu dono, o Ricardo Ramos, 57 anos, dono de uma empresa de lataria e pintura das redondezas.

Dois donos, duas casas

Na casa do Ricardo, Marina ganhou o status de visitante – até sua casinha ficou para o lado de fora do portão, para ter mais liberdade de ir e vir da Rua da Cidadania, onde agora passa a maior parte do tempo.

Ramos até estranhou quando Marina passou mais tempo na casinha no último mês. Mais tarde descobriu que o período coincidiu com a época em que o guarda de 73 anos e 28 de corporação se afastou para um tratamento de saúde.

Na Rua da Cidadania todos perceberam que a mascote sentiu a falta do amigo: sumiu por alguns dias e, quando estava por lá, o rabo não abanava para mais ninguém. Com a volta do companheiro, só circula ao lado dele.

Final feliz

Por um bom tempo Vicente achou que a Marina não tinha um dono e não sabia o nome da cachorrinha. Até que um dia, precisou acudir um senhor que ela tinha abocanhado. Era Ricardo, que tinha ido à Rua da Cidadania fazer a segunda via de um documento.

“Ela foi me arrastando em direção do guarda, que veio acudir, porque achou que estava me atacando. Expliquei que eu a conhecia, era o dono. Acho que ela queria nos apresentar”, conta.

Ramos estima que Marina tenha mais ou menos 4 anos e que a adotou depois que ela foi abandonada na frente da casa dele, com as patinhas dianteiras amarradas. De cor caramelo, o latoeiro a batizou de Marina, em referência aos cabelos avermelhados da atriz Marina Ruy Barbosa.

Agora, Marina tem um grande amigo uma legião de cuidadores na Rua da Cidadania do Boqueirão.

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