“Vi-me de frente com a morte”

“Chamo-me Edvaldo da Luz, tenho 35 anos, sou casado e tenho duas filhas lindas, empresário e feliz, porém, nem sempre foi assim. Tive uma adolescência marcada por perdas, destruição familiar e prisões.
Desde cedo não tive apoio da família. Minha mãe era muito ausente e não tive pai. Por conta disso, aos 13 anos já fumava e bebia com alguns “amigos”. No início era escondido da minha mãe, saia dizendo que iria na casa de alguém e ficava em construções abandonadas bebendo e fumando.
Na curiosidade de experimentar coisas novas, conheci a cola de sapateiro, o loló, lança perfume e a cocaína. Foi tudo muito rápido, em menos de um ano já estava viciado, sem controle mais da minha vida. Para se ter uma ideia a que ponto estava, eu pegava o dinheiro da bolsa da minha mãe que estava separado para pagar as contas e gastava tudo.
Foi nessa época que tive minha primeira prisão por roubo e como ainda era de menor fiquei apenas dois meses. Desse dia em diante só foi piorando, tive mais três prisões, fora as abordagens. Eu sempre estava no lugar errado, na hora errada e com pessoa errada.
Minha família foi se acabando. Tios e parentes mais próximos não acreditavam mais que poderia haver mudança em minha vida, a única que ainda me visitava quando estava preso era minha mãe. Passados 3 anos que assim estava vivendo, eu estava com uma aparência horrível, quase irreconhecível, só queria usar drogas, ir para as festas. Eu mesmo já não acreditava que havia uma mudança para mim, ficava dias fora de casa. Certa vez fiquei quatro dias no meio do mato, todo sujo com cola de sapateiro grudado até no cabelo, sem comer. Naqueles dias até o crack usei, fui encontrado por moradores daquele local e encaminhado para o hospital. Foi então que me vi de frente com a morte.
Uma tia recebeu o convite para participar da reunião para Cura dos Vícios e resolveu levar minha mãe e uma peça de roupa minha. Nessa reunião elas entenderam qual era o verdadeiro causador do problema e como fazer para me ajudar. No começo elas foram quase seis meses sem eu querer ir, até que resolvi aceitar ir junto. Daquele dia em diante minha vida se transformou, eu havia encontrado uma luz no fim do túnel. Comecei a participar e obedecer o que era falado e hoje faz 17 anos que sou um novo homem, nunca tive uma recaída ou tive que me segurar para não usar. Casei, tive minhas filhas, abri meu primeiro salão de cabeleireiro, que hoje é o melhor salão da cidade, ganhei vários prêmios pelo meu trabalho, abri minha segunda empresa na área da saúde.
Não tenho palavras para descrever tudo que foi me feito através desse tratamento. Só tenho a agradecer e garantir que vício tem cura.”

- Anuncie Aqui -