Véspera

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A Guerra de Trump, iniciada há 14 meses, chega a um momento decisivo. O mundo está à véspera de uma grande recessão. Na Europa os bancos alemães estão em crise. O Banco Central Europeu não sabe se salva esses bancos ou deixa quebrar. Nos Estados Unidos acontece o mesmo, vários bancos estão em dificuldades. O FED, Banco Central Norte Americano, está injetando centenas de bilhões de dólares em linhas de crédito para manter vários bancos vivos na UTI. Um colapso no sistema bancário mundial é iminente. No Brasil a crise está nos superávits da balança comercial, que caíram drasticamente. As reservas de 400 bilhões de dólares nos dão algum conforto. Ajustes mais duros na redução das despesas do setor público precisarão ser feitos.
Neste quadro geral de crise mundial as condições brasileiras são razoáveis. Bem melhores, que a maioria dos países da América Latina, e muito melhores do que eram há anos. Muitos vivem grandes revoltas populares: Chile, Bolívia e, agora, a Colômbia. A Argentina se prepara para dar mais um calote da dívida; foram tantos, que perdemos a conta. O México está assustado com a recessão chegando aos Estados Unidos. A ordem é salva-se quem puder.
O nosso colete salva-vidas é a China. Soja é o nosso carro-chefe. Agora está aumentando as exportações de carnes, principalmente de gado. O preço da arroba disparou no atacado brasileiro. Os investimentos chineses, em infraestrutura, estão aumentando, logo devem atingir outro patamar. A Guerra de Trump deu um grande impulso ao nosso crescimento. Somos o maior fornecedor de alimentos da China, que não quer ficar nas mãos dos norte-americanos.
O que está atrapalhando é a lentidão das reformas. O Congresso Nacional não ajuda, só atrapalha. Tenta a todo custo atrasar as reformas. A pressão social é muito forte. As eleições municipais do próximo ano serão um teste. A renovação será muito grande. A base de muitos políticos vai desaparecer. Enquanto o Congresso não colabora, o governo do Bolsonaro vai fazer o que pode. E pode bastante.
As taxas de criminalidade estão caindo rapidamente. O enfrentamento das gangues é cada vez maior. A quantidade de captura de drogas está aumentando bastante. Até que ponto o crime organizado vai poder suportar essas perdas é uma incógnita.
A imprensa tradicional já está jogando a toalha. O enfrentamento ao governo está mudando. A Rede Globo começou elogiar o governo Bolsonaro. O motivo é que ela está com medo da não renovação da sua licença de operação em 2020. Existem vários itens dessa licença que a empresa não cumpre. E provavelmente não vai conseguir cumprir até a renovação. O mais provável é que ela venha a perder a concessão. Algo impensável nos governos de esquerda.
É na área das despesas com funcionários públicos que o governo Bolsonaro fez os menores avanços. A crise econômica vai forçar o governo a agir. O embate será muito duro. Os cortes dos privilégios são necessários para melhorar as contas públicas.
A subida do dólar já é um indicador das mudanças. Os produtos importados logo estarão mais caros. O incentivo à indústria brasileira vai ser muito grande. A redução das taxas de importação vai impor um ambiente saudável de concorrência. As viagens ao exterior perderão a sua atual atratividade. A diferença entre os preços internos e externos vai cair.
O setor agroexportador vai explodir. O dólar acima de 4 reais torna as atividades de exportação muito rentáveis. Agora com a melhoria da infraestrutura, os custos fora da porteira deverão cair bastante.
O processo da morte do velho e o nascimento do novo vai ser muito rápido. A todo o momento teremos notícias novas. Em pouco tempo uma nova realidade vai se impor. Um novo Brasil está nascendo.

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