Polícia indicia pais suspeitos de agredir filho adotivo de oito anos

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou um casal suspeito de espancar o filho adotivo de oito anos, em Londrina, na região Norte do Estado, por tentativa de homicídio qualificado. A criança foi internada no domingo (8) com graves ferimentos por todo o corpo. A mãe e o pai, de 23 e 29 anos, respectivamente, foram presos pela Polícia Militar e encaminhados à PCPR no mesmo dia do internamento da vítima.

Durante a lavratura do flagrante na delegacia da PCPR, em Londrina, o casal confessou ter agredido a criança. Eles justificaram o ato, afirmando que o intuito das agressões seria disciplinar e corrigir uma má conduta adotada pelo garoto. A vítima estava sob guarda provisória do casal há apenas dois meses.

Devido a gravidade da ocorrência, a PCPR está trabalhando intensamente para finalizar as diligências e concluir o inquérito policial. As próximas medidas a serem adotadas consistem na juntada dos laudos periciais, prontuário médico e tentativa de escuta da vítima.

A oitiva da criança é de extrema importância para averiguar em quais circunstâncias ocorreram o fato: se a motivação declarada pelos pais é verídica ou se foi uma agressão gratuita.

A PCPR também aguarda a documentação referente ao processo de adoção, que aconteceu no Mato Grosso do Sul. A investigação busca esclarecer os motivos da passagem da família por Cascavel, no Oeste do Paraná, e a eventual mudança para Londrina.

Após realização de todos esses procedimentos, a PCPR encaminhará o processo à Justiça, no prazo máximo de dez dias.

A delegada responsável pelo caso, Lívia Pini, ressalta que o casal foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado durante o plantão. “Essa definição é algo preliminar, que se faz com base nos elementos que se tinha no momento do flagrante”, diz.

Lívia esclarece que o Ministério Público pode adotar uma posição adversa, inclusive por causa da tese de que a agressão teria acontecido em razão de disciplina. “A definição do crime, se for imputado a eles, será feita pela Justiça após o julgamento”, finalizou a delegada.

Fonte: PCPR

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