Palocci assina acordo de delação com a Polícia Federal, traz jornal

Na semana em que o noticiário político esteve focado na retirada de parte da delação da Odebrecht no caso Lula das mãos de Moro, a informação de que o ex-ministro Antonio Palocci, preso desde setembro de 2016, assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal sacode novamente os bastidores do poder. Reportagem do jornal O Globo desta quinta-feira (26/04) traz que fontes ouvidas pela reportagem do veículo confirmaram que os investigadores já concluíram a fase de tomada de depoimentos. A colaboração ainda precisa ser homologada pela Justiça.

Palocci foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele deixou o PT, do qual era um dos fundadores e um dos nomes mais influentes personagens, depois de fazer acusações contra o ex-presidente Lula e dizer que o petista fez um “pacto de sangue” com a direção da Odebrecht.

Na delação, segundo O Globo, Palocci deve tratar de sua relação pessoal com o universo político, das negociatas com empresários e do lobby desempenhado por ele no governo em favor de empresários. Mas, além de detalhar nos depoimentos os casos de corrupção dos quais participou ou teve conhecimento, o ex-ministro terá de apresentar provas do que diz. Se mentir ou quebrar algumas das cláusulas firmadas, poderá perder os benefícios negociados.

Palocci está preso, por ironia (ou não do destino) no mesmo lugar do antigo companheiro Lula, na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Dependendo do que ele disser, outros políticos e empresários poderosos podem em um futuro breve, preencher as dependências carcerárias do famoso local. E que assim seja.

Da redação com Congresso em Foco

 

- Anuncie Aqui -