Países da UE não reconhecem Assembleia Constituinte venezuelana

A União Europeia (UE) anunciou na última quarta-feira (02/08) que não reconhece a Assembleia Constituinte promovida pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por dúvidas sobre a sua legitimidade e advertiu que intensificará sua resposta se as autoridades do país “seguirem destruindo os princípios democráticos”. A informação é da agência EFE.

A UE e seus Estados-membros “não podem reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela pela preocupação quanto à sua efetiva representatividade e legitimidade”, apontou a alta representante da União Europeia para a Política Exterior, Federica Mogherini (foto), em um comunicado em nome dos 28 países do bloco.

Na nota, os países da UE pedem que Maduro tome “medidas urgentes para retificar o curso dos eventos” e apontam que “estão dispostos a intensificar a sua resposta, caso os princípios democráticos sigam sendo minados e a Constituição venezuelana não seja respeitada”.

Piora da crise

As nações da UE lamentaram profundamente “a decisão das autoridades venezuelanas de seguir adiante com as eleições” da Constituinte, que na sua opinião pioraram “a crise” na Venezuela. “As circunstâncias da votação geram dúvidas sobre a capacidade da Assembleia Constituinte de representar de maneira efetiva todos os componentes da população venezuelana”, disseram.

Além de apontar que as atribuições da Constituinte “não estão claras”, a UE considera que sua eleição pode ser uma desculpa “para impulsionar ainda mais o conflito e usar o poder sem controle”.

No último domingo, os votantes elegeram uma Assembleia Constituinte com poderes ilimitados, duração desconhecida e com a missão de redigir uma nova Constituição.

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