Greca diz que greve dos médicos é “abusiva e desumana”

Em nota divulgada à imprensa, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca avalia que a greve dos médicos da Fundação de Atenção Especializada em Saúde (Feaes) que atende às UPAs em Curitiba é “abusiva e desumana”.

“Estão deixando os pacientes esperando, em especial os que não estão na urgência. Pedem 4,5% de aumento em um momento de depressão econômica e de queda da arrecadação. Os médicos recebem R$ 1.880,00 por cada plantão noturno em uma UPA. Este valor está acima da média paga em hospitais da iniciativa privada. Recebem ainda 100% de horas-extras pelo trabalho nos fins de semana, enquanto o mercado remunera com 50%. A Secretaria Municipal de Saúde oficiou o Conselho Regional de Medicina para coibir maus tratos por omissão de assistência à população. Em contrariedade ao artigo 35 do Código de Ética Médica. Apelamos aos médicos que não inviabilizem o modelo de atendimento nos obrigando a buscar outras soluções”, pronunciou o prefeito de Curitiba.

Demora em atendimentos eletivos

A Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes-Curitiba) alerta aos usuários do SUS Curitiba que os atendimentos médicos, que não são considerados de urgência e emergência, podem sofrer prejuízos, diante da greve deflagrada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná (Simepar), no último dia 27 de julho.

Não se observa, até este momento, prejuízo ao atendimento dos pacientes de maior gravidade (eixo vermelho, amarelo, laranja no protocolo de classificação de risco) nas UPAs. Porém, em relação a pacientes considerados de baixo risco (eixo azul e verde), observa-se a efetivação de uma operação tartaruga por parte de alguns profissionais que aderiram ao movimento. Com isso, a espera por atendimento nas UPAs para estes casos pode aumentar. A Feaes ainda ressalta que sua equipe médica teve um aumento real de 33,68% nos últimos quatro anos. Dessa forma, a Feaes passou a ser a empregadora a remunerar a maior hora-médica de Curitiba e região, como também é a instituição a contratar o maior número de médicos na capital. O movimento do Simepar causa estranheza à instituição, considerando o aumento já disponibilizado e o momento de crise que passa o país, além dos esforços que estão sendo feitos pelo município para rever e diminuir custos orçamentários, sem prejuízos à manutenção dos serviços oferecidos. A Feaes conta com 638 médicos celetistas, que atendem nas UPAs, Hospital do Idoso, Maternidade Bairro Novo, Caps e Samu. Com exceção das UPAS, até o momento, a Feaes não registrou prejuízo aos serviços nas outras unidades em que conta com médicos contratados. Nas unidades básicas de saúde do município, os médicos são contratados diretamente pela administração pública via concurso público. A administração pública orienta aos usuários, com casos que não sejam de urgência e emergência, a buscar atendimentos nas unidades básicas durante a semana.

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