Harley-Davidson vai transferir parte das operações nos EUA para o exterior

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Por Estadão Conteúdo

A fabricante de motocicletas Harley-Davidson anunciou que começará a transferir parte de sua linha de produção para fora dos Estados Unidos como forma de contornar as tarifas da União Europeia sobre a importação das suas icônicas motocicletas.

A empresa se orgulha de sua reputação “made in the USA” como central para o apelo a clientes em todo o mundo. Mas a companhia de Milwaukee, no Estado de Wisconsin, já fazia planos para levar algumas operações ao exterior em anos recentes, incluindo Brasil e Tailândia, para conter os preços.

Essa pegada manufatureira fora dos EUA está prestes a se expandir. A Harley-Davidson disse em um formulário registrado nesta segunda-feira na comissão de valores mobiliários americana, a Securities and Exchange Commission (SEC), que a tarifação pela UE de 31% em vigor desde a semana passada sobre suas motocicletas elevaria o custo de cada unidade embarcada para o outro lado do Atlântico em cerca de US$ 2.200.

Em vez de repassar o custo aos preços, a fabricante afirmou que transferiria a produção das motocicletas hoje vendidas na UE para fora dos EUA ao longo dos próximos 18 meses.

“Aumentar a produção internacional para aliviar o fardo das tarifas da UE não é a preferência da companhia, mas representa a única opção sustentável para tornar suas motocicletas acessíveis a clientes na UE e manter um negócio viável na Europa”, escreveu a Harley no formulário.

Hoje, as ações da empresa caíram 5,97% na New York Stock Exchange (NYSE). (Dow Jones Newswires)

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